Papaléo alerta: as clínicas de hemodiálise ameaçam fechar as portas



Centros e clínicas de hemodiálise conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS) estão enfrentando graves problemas financeiros e ameaçam fechar as portas, deixando 55 mil pacientes em todo país sem atendimento, alertou o senador Papaléo Paes (PMDB-AP). O senador, que é médico, disse que o alerta encontra reforço nos números: a dívida de tais centros, com a aquisição de equipamentos e o salário dos médicos, -só aumenta-. O senador disse que -o nefrologista precisa recorrer a bancos, financeiras e até a agiotas para financiar sua clínica-. De acordo com o senador, as clínicas investiram no setor confiantes na promessa do Ministério da Saúde -da recomposição de custos com todo sistema-, o que não ocorreu. Pequenas e médias clínicas, as responsáveis pela maioria dos atendimentos, estão descapitalizadas, segundo informou. No que diz respeito aos salários, o governo reajustou os valores das consultas médicas de outros setores, deixando o valor pago pela consulta de um nefrologista que atende pelo SUS, -congelado num valor próximo de R$ 6-.

- Diante desse quadro, o Ministério da Saúde insiste em alegar a escassez de recursos, só que tais recursos não faltaram para recomposição de custos em outras áreas da saúde pública. Os pacientes renais crônicos e renais agudos não encontrando a hemodiálise, com certeza encontrarão a morte - alertou.



09/07/2003

Agência Senado


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