Humanidade precisa combater a fome de maneira urgente e prioritária, afirma Vital do Rêgo
"Oh, mundo tão desigual / Tudo é tão desigual / De um lado esse carnaval / De outro a fome total". Foi com essa estrofe da música "A Novidade", interpretada pela banda Paralamas do Sucesso, com versos de Gilberto Gil e melodia de Bi Ribeiro, Herbert Vianna e João Barone, que o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) encerrou seu discurso em Plenário nesta terça-feira (14). Ele fez uma análise da fome no mundo e pediu a abertura de um escritório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) no estado da Paraíba.
- A despeito de sinceros e continuados esforços de uma enorme rede de referência e amparo, ainda não conseguimos garantir um mínimo de três refeições diárias para 850 milhões de pessoas em todo o mundo, conforme dados de 2008 - disse.
Para Vital do Rêgo, um escritório da FAO na Paraíba serviria para enfrentar a problemática da fome da desnutrição em toda a região Nordeste. O senador disse que o próprio diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano, defende a abertura de escritórios regionais da instituição no Brasil, nas regiões Sul, Norte e Nordeste.
Na interpretação do senador, o Brasil vem enfrentando o problema da fome há décadas, movimento que ganhou força com a criação do programa Fome Zero no governo Luiz Inácio Lula da Silva. Mesmo assim, ponderou Vital do Rêgo, o país ainda tem 11,7 milhões de pessoas subnutridas, 6% da população.
- Se nos últimos anos tiramos da miséria 28 milhões de brasileiros, certamente haveremos de resgatar aqueles que remanescem nesta triste condição - afirmou.
Vital do Rêgo também elogiou o programa Brasil Sem Miséria, criado no governo Dilma Rousseff, cujos investimentos em 2012 chegarão a R$ 54 bilhões.
14/02/2012
Agência Senado
Artigos Relacionados
Vital do Rêgo: sistema de saúde pública precisa de ampla reforma
CPI pode convocar governadores, afirma Vital do Rêgo
Decisão sobre depoimento de Cachoeira não paralisa CPI, afirma Vital do Rêgo
Vital do Rêgo afirma que avanços e antigas mazelas ainda coexistem no Nordeste
Educação é a melhor maneira de combater a pobreza, diz Unesco
Senado precisa mudar maneira de trabalhar, diz Cristovam