Ideli comenta estudo da FGV que aponta redução da pobreza no país



"Não é apenas a prorrogação da CPMF [Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira] que vai fazer com que o presidente Lula tenha condições de fazer o seu sucessor em 2010, mas, sim, a melhoria efetiva das condições de vida da população". A afirmação foi feita nesta quarta-feira (19), em Plenário, pela senadora Ideli Salvatti (PT-SC), ao comentar estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontando a maior queda na pobreza, no país, nos últimos 14 anos.

Intitulado Miséria, Desigualdade e Políticas de Renda, o estudo teve como base a Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílio (PNAD) de 2006, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada recentemente pelo órgão, que também apontou melhorias em indicadores sociais e econômicos do país na última década.

- A população vive melhor. A população tem condição de vida efetivamente melhor, apontada, medida e confirmada pela PNAD. Por isso, contra a realidade dos fatos, muitos podem falar, criticar e acusar, mas reverter e mudar a realidade, tão contundentemente afirmada e exposta, é impossível - afirmou a senadora.

De acordo com o estudo da FGV, a proporção de brasileiros situados abaixo da linha de pobreza caiu de 35% para 19% do total da população brasileira (estimada em 190 milhões de pessoas) entre 1993 e 2006, o que significa uma redução de 45% no percentual de pobres em um prazo de 14 anos. Em 2005, o percentual de pessoas vivendo em condições precárias era de 22,77%, contra 19,31%, em 2006, e 35%, em 1993.

- Os números de 2006 não só dão seqüência às conquistas observadas desde a piora da pobreza com a recessão de 2003, como também constitui o melhor ano isolado da série histórica da nova PNAD, com queda de 15% da miséria no país, o melhor resultado dos últimos dez anos - afirmou Ideli, reproduzindo declaração do coordenador do Centro de Políticas Sociais do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, Marcelo Néri.

As análises da FGV, disse Ideli, indicam que, do ponto de vista da distribuição de renda, os 50% mais pobres cresceram a sua participação nas riquezas do país em 12%, enquanto os 10% mais ricos, em 7,8%, em 2006. A pesquisa também aponta para a manutenção da redução dos índices de desigualdades e de distribuição de renda no país, iniciada a partir da recuperação da recessão de 2003.



19/09/2007

Agência Senado


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