Ideli destaca estudo que aponta redução da pobreza no país, apesar da crise



Em pronunciamento nesta quarta-feira (20), a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) destacou estudo do Instituto de Pesquisa Economica Aplicada (Ipea) que aponta redução da pobreza em seis regiões metropolitanas do país, apesar da desaceleração provocada pela atual crise financeira global .

O estudo sugere ainda que determinadas políticas adotadas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre elas a elevação do valor real do salário mínimo e a existência de programas como o Bolsa-Família, podem ter contribuído para que a redução da pobreza ocorresse de forma diferente daquela verificada em outros períodos históricos de recessão econômica (1983/1983, 1989/1990 e 1998/1999).

Em seu discurso, a senadora lamentou que a imprensa não tenha dado destaque às informações contidas no estudo do Ipea.

- Para que a oposição não fique nervosa, não vou dizer 'nunca antes neste país', mas o estudo comprova isso. É realmente algo inédito, que beneficia milhões de brasileiros. Diminuir a pobreza em época de crise, nunca tinha acontecido no Brasil - afirmou.

Na crise de 1982/1983, a pobreza no Brasil cresceu e atingiu 6,68 milhões de pessoas, contra 3,89 milhões em 1989/1990, e 1,86 milhão em 1998/1999, informou Ideli, com base em dados do estudo.

- Agora, quando a crise é muito mais violenta por ocorrer no centro da economia mundial, com repercussões em todo o mundo, retiramos da pobreza mais de 300 mil pessoas - afirmou.

O estudo informa que o índice de pobreza nas seis principais regiões metropolitanas do país (Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Recife, Belo Horizonte e Porto Alegre), que era de 42,5% em março de 2002, passou para 42,7% em abril de 2004 e retrocedeu para 30,7% em março de 2009, indicando uma queda de 28,1% em relação a abril de 2004.

Com os sinais de internalização da crise no Brasil desde outubro de 2008, observa o estudo, não houve interrupção no movimento de queda do índice de pobreza nas seis principais regiões metropolitanas até março de 2009. O estudo também destaca que o Brasil conta hoje com 34,1% da população protegida com algum mecanismo de garantia de renda, o que se constitui algo inédito em relação aos outros períodos de desaceleração econômica no país.

Prêmio

Em seu discurso, Ideli também lamentou o "pouco destaque" dado pela imprensa à entrega pela Unesco ao presidente Lula, na semana passada, de um prêmio de incentivo à paz mundial. A mesma distinção já foi recebida pelo ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela; pelo rei da Espanha, Juan Carlos de Bourbon; e pelo ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter.

- Esse prêmio que Lula recebe da Unesco está baseado nas ações de diminuição da pobreza, que tem explicações matemáticas e estatísticas no estudo que o Ipea está divulgando - concluiu.



20/05/2009

Agência Senado


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