Ideli defende Bolsa-Família para redistribuir renda no país



Depois de ter o seu requerimento aprovado na Comissão de Assuntos Sociais para ouvir as explicações do ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, sobre as ações do governo para aperfeiçoar o Bolsa-Família e combater as fraudes denunciadas em programa da Rede Globo, a líder do PT, senadora Ideli Salvatti (PT-SC), voltou a defender o principal programa federal de transferência direta de renda.

- O Bolsa-Família é uma iniciativa que tem muito por fazer a este país. O programa não deve ser analisado sob o prisma dos espertinhos, dos apadrinhados, dos irresponsáveis, que são minoria e que não impedirão o êxito da nossa política social - ressaltou a senadora. Na avaliação dela, o programa é um "passo fundamental" para o governo redistribuir renda em um país com as desigualdades sociais que o Brasil possui. "Não podemos deixar que desvios nesse firme propósito venham a ocorrer", alertou.

Ideli disse que considera as denúncias veiculadas pelo programa Fantástico, no último domingo, "graves, porém pontuais" e manifestou o seu apoio às providências que já vem sendo adotadas pelo ministro Patrus Ananias, como recuperar os recursos que inadvertidamente foram pagos a pessoas que não deviam estar no cadastro do programa e aperfeiçoar os mecanismos para a concessão e a fiscalização do benefício.

- Prefiro não indicar a priori culpados em nenhuma das esferas de Poder, nem nas prefeituras que desempenham papel relevante na definição dos beneficiários do programa, nem no âmbito do governo federal. Prefiro aguardar o trabalho já iniciado nas apurações, investigações e medidas concretas adotadas pelo Ministério do Desenvolvimento Social - disse.

A senadora lembrou em seu discurso a análise feita pelo secretário municipal de desenvolvimento e trabalho de São Paulo, o economista Márcio Pochman, para melhorar a distribuição de renda no país. "É preciso que o país volte a crescer anualmente a taxas de 6% a 7%, nos próximos dez anos, para combater a pobreza e o desemprego", observou.

 O outro compromisso apontado pelo secretário, continuou Ideli, é a realização de um conjunto de reformas sociais, como a tributária ("é preciso fazer com que os ricos paguem impostos"), a fundiária  ("com uma reforma agrária para valer") e a que possibilite alcançar um estágio de bem-estar social por meio de espaços e serviços públicos que atendam às necessidades da maior parte da população brasileira.



21/10/2004

Agência Senado


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