Ideli propõe aprimorar o Bolsa-Família com fiscalização da sociedade
Ao rebater as denúncias feitas pela imprensa em relação ao programa de transferência de renda para famílias carentes denominado Bolsa-Família, a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), reconheceu nesta terça-feira (19) que o programa tem falhas, mas conclamou a sociedade e suas entidades representativas a participarem do seu aprimoramento, sanando suas deficiências.
- Trata-se do maior programa de transferência de renda já existente no planeta, com 5 milhões de famílias sendo beneficiadas com recursos que, em 2004, já chegam a R$ 5 bilhões. Seria impossível não haver falhas, como beneficiados em dose dupla ou pessoas indevidas sendo incluídas. A ótica das críticas deve ser o aprimoramento, não a detonação do programa - declarou.
Ideli disse que cabe ao governo federal repassar os recursos diretamente às pessoas, especificamente à mulher responsável pela família carente, por meio de um cartão magnético, desde que a renda per capita dos integrantes da família não ultrapasse R$ 100. A fiscalização dos cadastros, no entanto, está a cargo dos municípios.
Em aparte, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse que o Bolsa-Família é um estágio em direção a um programa muito melhor que é o da renda básica da cidadania, a que todos os brasileiros terão direito, sem comprovação.
- Será mais racional e menos burocrático - disse.
Também em aparte, o senador Flávio Arns (PT-PR) propôs chamar toda a imprensa para mostrar a operacionalidade do programa e pedir o esforço conjunto de todos para identificar falhas e fiscalizar melhor os beneficiados.
19/10/2004
Agência Senado
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