Ideli defende prorrogação da CPMF e festeja crescimento da economia
A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC) defendeu em discurso a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) ponderando que mais de 70% de sua arrecadação têm se destinado à saúde e ao programa Bolsa-Família.Informou que, de R$ 48,3 bilhões aplicados no ano passado em saúde e no Bolsa-Família, exatamente R$ 32,1 bilhões vieram da CPMF.
A senadora afirmou que, caso a CPMF seja reduzida ou extinta, os gastos com saúde e com o Bolsa-Família correriam risco. Ela informou ainda que o governo, em vez de propor a redução ou eliminação da CPMF, tem feito reduções pontuais de impostos, já tendo beneficiado bens de capitais, insumos para indústrias que exportam, produtos da construção civil e pequenas e médias empresas.
A senadora festejou o anúncio de que a economia brasileira cresceu 5,4% no segundo trimestre deste ano, comparando-se com idêntico período de 2006, confirmando uma tendência iniciada há 22 trimestres. Ela destacou como importante o crescimento da indústria, que chegou a 6,8%, e os investimentos, que aumentaram 13,8%. Com isso, a taxa de investimento do país alcançou 17,7% do Produto Interno Bruto, "o maior percentual desde o ano 2000", disse.
Ideli Salvatti considerou ainda alvissareiro o crescimento de 5,7% no consumo das famílias, o que, acrescentou, ocorre de forma ininterrupta deste outubro de 2003. Ponderou que esse consumo é o resultado das políticas adotadas pelo governo Lula, as quais têm levado a aumento do emprego e a reajustes de salários acima da inflação.
A senadora foi apoiada, em apartes, pelos senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Sibá Machado (PT-AC). Já o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) observou que o investimento que tem crescido é o do setor privado, e não do setor público.
13/09/2007
Agência Senado
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