Ideli destaca novas medidas do governo para estimular economia
A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) chamou a atenção, na tarde desta segunda-feira (29), para uma série de novas facilidades lançadas pelo governo na área do crédito, com vistas a estimular a atividade econômica. As medidas foram anunciadas pela manhã em solenidade que reuniu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e autoridades da área econômica.
- São medidas relacionadas ao enfrentamento da crise: o que já foi feito e o que está, agora, sendo organizado para continuar enfrentando e superando, aqui no Brasil, de forma eficiente, a crise, gerando emprego, mantendo a produção, mantendo as vendas, fazendo com que o Brasil seja um dos primeiros a sair dessa gravíssima situação que se abate sobre muitos países - disse a senadora.
A Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), utilizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), foi reduzida para apenas 6% ao ano. Foram anunciados, ainda, uma série de outras flexibilizações no financiamento de bens de capital destinados à inovação tecnológica, para as empresas que têm contratos com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
No caso do programa de financiamento dos caminhões, haverá redução da taxa de juros para até 0%, além da inflação. A senadora observou que podem ser beneficiados os caminhoneiros e as empresas de transportes.
Além dessas medidas, foi anunciada a continuidade da política da desoneração por meio do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Os automóveis vão continuar, nos próximos três meses, com redução da taxa de IPI. Assim, de julho até setembro, as regras atuais continuarão valendo. Em outubro, novembro e dezembro o IPI subirá gradualmente até atingir o patamar do ano passado, no caso dos automóveis.
A parlamentar mencionou igualmente a redução da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), que já vem sendo praticada por quatro meses na compra de motocicletas. A linha branca (geladeira, fogão, máquina de lavar, tanquinho) também continua com desoneração até outubro.
Ideli lamentou que, ao mesmo tempo em que o presidente Lula, anuncia as medidas, a imprensa publica matérias dando conta de que o varejo e a indústria não repassaram integralmente o corte do IPI para os consumidores. O "caso mais emblemático" é o dos fogões: a alíquota do IPI caiu de 5% para 0%, mas o preço em média não chegou a ter redução de 1%.
- Não é correto, não é adequado e nem pode ser admitido que o governo dê uma desoneração e, na hora de a população comprar o equipamento, a moto, o carro, o material de construção, a geladeira, o fogão, não tenha tido na mesma proporção a redução - protestou Ieli, que recebeu apoio em aparte do senador Paulo Paim (PT-RS).
29/06/2009
Agência Senado
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