Ideli diz que acordo sobre instalação da CPI das ONGs ainda não está fechado



A líder da Bloco de Apoio ao Governo, senadora Ideli Salvatti (PT-SC) afirmou em discurso nesta terça-feira (25) que ainda não está concluído o acordo relativo à instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar o repasse de recursos públicos para organização não governamentais (ONGs). Ela afirmou que todos os líderes da casa são responsáveis por esse acordo, que inclui a definição de a qual partido caberá a presidência e a qual caberá a relatoria da CPI.

A senadora disse esperar que, uma vez instalada, da CPI das ONGs evite o clima de confronto que, em sua opinião, teria existido nas comissões de inquérito que funcionaram em 2006 e 2005 (como as CPIs dos Correios e dos Bingos). Ideli citou, como exemplo positivo, a CPI do Apagão Aéreo do Senado, cujo presidente é o senador Tião Viana (PT-AC) e o relator o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

- A CPI do Apagão Aéreo tem tido uma atuação exemplar, tem trabalhado de comum acordo. Ela não virou disputa político-partidária e se conduziu como o Senado sempre reivindicou - explicou.

Chantagem

Logo após seu discurso, Ideli também rechaçou, ainda em Plenário, acusações de que não teria interesse na instalação da CPI das ONGs e que por isso estaria sofrendo chantagem.

- Uma revista de circulação nacional falou de chantagem. Não aceito, não admito, não vou permitir que essa situação perdure neste Plenário. Quem tem acusação que a faça de forma clara, explícita, concreta, com provas e não com insinuações - disse.

Ideli referia-se a reportagem da revista Veja do último fim de semana, segundo a qual a senadora teria envolvimento com ONGs e por isso estaria sendo pressionada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, a apoiá-lo em troca da não instalação da CPI.

Acordo

Durante o discurso, a líder do PT reiterou que seu partido se mantém firme no acordo feito na semana passada durante reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) para votar a proposta de emenda à Constituição (PEC) que acaba com o voto secreto em todas as votações do Senado e da Câmara. Ela observou, no entanto, que para votar tal matéria é preciso, antes, apreciar as medidas provisórias e os projetos de lei de conversão que constam da pauta e têm prioridade de votação.



25/09/2007

Agência Senado


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