Ideli diz que governo Lula duplicou valores dos programas de transferência de renda
Ao defender o valor de R$ 260 para o salário mínimo, a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), disse haver outras políticas públicas que podem colaborar para a erradicação da pobreza sem comprometer a estabilidade econômica e o combate a inflação, como aconteceria no caso de reajustar o mínimo num valor superior ao da medida provisória do governo.
Segundo ela, a cada R$ 10 de aumento no salário mínimo, as vinculações com a Previdência Social, seguro-desemprego e assistência social resultam em R$ 2 bilhões de gastos adicionais. São essas vinculações que explicam por que o valor do mínimo no Brasil é menor do que o da Argentina, Paraguai ou Uruguai.
Para contornar essa dificuldade, explicou a líder do PT, o governo Luiz Inácio Lula da Silva optou por melhorar os programas de transferência de renda que, em 2002, somaram quase R$ 6 bilhões e, em 2004, serão de R$ 11,7 bilhões, ou seja, quase o dobro.
De acordo com Ideli, são programas como Bolsa-Alimentação, Bolsa-Família e Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), entre outros, que conseguem atingir a maior parcela de miseráveis do país - crianças e jovens -, o que não acontece com valores mais altos para o mínimo, que provocam alta da inflação, um fator que corrói salários como nenhum outro componente da economia.
17/06/2004
Agência Senado
Artigos Relacionados
Suplicy elogia Lula e programas de transferência de renda do governo
Ideli destaca índices de crescimento da renda no governo Lula
Ideli: governo Lula associou responsabilidade fiscal a distribuição de renda
Ideli elogia crescimento da economia e ressalta distribuição de renda no governo Lula
Renan defende unificação de programas de transferência de renda
Programas de transferência de renda somam mais de R$ 1,5 bilhão em março