Ideli saúda vitória do Brasil contra os Estados Unidos na OMC



A senadora Ideli Salvatti (SC), líder do PT, saudou da tribuna a vitória do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC) na disputa contra subsídios que os Estados Unidos dão aos seus produtores de algodão.

- Essa boa notícia não foi comentada aqui pelas oposições. Coisas boas deste governo, para eles, não existem - comentou.

Ela leu trechos de várias notícias sobre o assunto, ponderando que, de 1999 ao ano passado, os produtores brasileiros de algodão perderam mais de US$ 500 milhões por causa da política protecionista dos norte-americanos.

- Também passou despercebido para este Senado que o Brasil passou a ser no ano passado a 13ª nação no ranking OMC em superávit comercial, quando ocupava no ano anterior a 19ª posição. O saldo de comércio do Brasil com outros países chegou a US$ 22,4 bilhões. Há dois anos, os brasileiros estavam na 91ª posição - disse a senadora.

Ideli Salvatti leu ainda comentário do jornalista Luís Nassif ("que costuma só criticar o governo"), que destacou na sua coluna da Folha de S. Paulo, no sábado, que o comércio com os países árabes está subindo rapidamente, havendo possibilidade de chegar a US$ 7 bilhões até o final do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Ela lembrou que Lula "foi muito criticado" pela imprensa em sua visita aos países árabes, no ano passado.

Em aparte, o senador Ney Suassuna (PMDB-PB), que integrou a comitiva do presidente que visitou as nações árabes, observou que esses países não impõem cotas, como fazem os países ricos, especialmente os Estados Unidos.

- Eles sabem que o Brasil tem 10 milhões de descendentes e nossa cultura tem muita influência árabe e isso conta pontos - assinalou Suassuna.

A líder do PT no Senado previu ainda que a Câmara dos Deputados deverá votar até o próximo dia 11 a chamada "emenda paralela" da Previdência. Depois de um encontro entre os presidentes do Senado, José Sarney, e da Câmara, João Paulo Cunha, os líderes partidários da Câmara assinaram pedido para que a "paralela" fosse votada diretamente pelo Plenário dos deputados, não mais sendo votada na comissão especial que trata do assunto.

Ela informou ainda que o relator da "emenda paralela", deputado José Pimentel (PT-CE), deve se reunir com a bancada do governo no Senado, nesta terça (4), para se inteirar do acordo entre governistas e oposicionistas, no final do ano passado, que propiciou a votação das reformas da Previdência e tributária. A "emenda paralela" restabelece alguns benefícios tirados dos funcionários públicos pela reforma previdenciária.



03/05/2004

Agência Senado


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