Patrocínio protesta contra protecionismo dos Estados Unidos
O senador Carlos Patrocínio (PTB-TO) protestou, nesta segunda-feira (8), contra a política comercial dos Estados Unidos que estabeleceu, recentemente, tarifas extras para o aço importado, medida que prejudicará as exportações brasileiras. Ele citou dados da embaixada brasileira nos Estados Unidos demostrando que 60% dos produtos que o Brasil exporta são afetados por restrições indevidas ou não-tarifárias, principalmente açúcar, tabaco, suco de laranja e têxteis.
Segundo Patrocínio, a decisão dos Estados Unidos pode deflagrar uma onda protecionista que anulará os esforços já feitos internacionalmente para reduzir barreiras comerciais. Ele citou declarações do assessor do presidente George W. Bush para Comércio e Negócios Internacionais, Roberto Zoellick, explicando que "a imposição de salvaguardas e tarifas temporárias visam a dar condições aos setores econômicos para se reestruturarem".
- Ou seja, o Brasil está sendo punido por ter competitividade superior a dos Estados Unidos - disse o senador.
Patrocínio lembrou que as práticas protecionistas não se restringem aos Estados Unidos. Um estudo realizado pelo Mercosul denuncia a existência de mais de 16 mil normas restritivas utilizadas pela Comunidade Européia, das quais mais de 4 mil constituem práticas não aceitas pela Organização Mundial do Comércio (OMC).
Diante desse quadro, observou o senador, o Brasil "não pode dispensar uma ação cotidiana atenta e enérgica junto aos principais organismos internacionais que regulam as trocas, como é o caso da OMC". Isto permitirá ao país ingressar com a regularidade requerida nos mais importantes mercados mundiais, disse.
O aumento das exportações, ressaltou Patrocínio, representa o caminho para garantir a geração de mais riquezas, criando empregos, ampliando oportunidades e estendendo as perspectivas de uma vida melhor para milhões de brasileiros.
- Como pré-requisito, o Brasil precisa estimular a contínua modernização de seu parque industrial, trabalhando para fazer crescer a competição sadia entre as nações - afirmou o senador.
08/04/2002
Agência Senado
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