Iluminação deixará Cristo Redentor amarelo para campanha de redução de mortes no trânsito



A Organização das Nações Unidas (ONU) lança nesta quarta-feira (11) campanha mundial em favor das ações propostas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para reduzir o número de vítimas do trânsito. De acordo com a organização, o trânsito mata, por ano, 1,3 milhão de pessoas e deixa cerca de 50 milhões de feridos em todo mundo.

No Brasil, o lançamento da campanha acontece às 18h, no Rio de Janeiro, quando o Cristo Redentor será iluminado de amarelo, cor de algumas placas do trânsito. De acordo com o consultor da OMS no Brasil para a área de traumato-ortopedia, Marcos Musafir, outros monumentos mundiais como a Torre Eiffel, em Paris; a Muralha da China, e a Times Square, em Nova York, também serão iluminados de amarelo em virtude da campanha.

"Os números [de vítimas do trânsito] não estão caindo. Por isso, a OMS sensibilizou a ONU que, em março, definiu em assembleia geral que o período entre 2011 e 2020 fosse batizado Década de Ações para Redução de Traumas no Trânsito”, disse Musafir. A meta da organização é reduzir o número de mortes pela metade.

“A produção de veículos vai crescer, mas é preciso melhorar o transporte urbano, dar mais segurança ao usuário, principalmente o mais vulnerável, que são o pedestre, o ciclista e o motociclista. É preciso melhorar a atenção hospitalar e pré-hospitalar com a criação de centros de trauma. É preciso que leis sejam aplicadas, fortalecidas, e que a fiscalização atue bem”, indicou o consultor da OMS.

Com base nessas diretrizes gerais, cada país poderá criar suas ações e aprimorar o ambiente do trânsito, de modo a deixá-lo mais seguro e mais saudável. Pesquisa feita pela OMS em 178 países, com base em dados de 2008, mostrou que mais de 90% das mortes decorrentes de acidentes no trânsito são registradas em países de baixo ou médio desenvolvimento e que metade dessas vítimas são pedestres, ciclistas ou motociclistas. Essa proporção é ainda maior, de acordo com o estudo, nas economias mais pobres.

Marcos Musafir informou que Brasil, Rússia, Índia e China estão entre os oito países que mais registram mortes no trânsito em todo mundo. O Brasil ocupa a oitava posição. Isso ocorre, segundo o ortopedista, “porque ainda há uma certa negligência, uma certa displicência no cumprimento do Código de Trânsito. Não há respeito à velocidade, ainda se usa álcool e drogas e se dirige, não se usa totalmente o cinto de segurança, não há uma fiscalização muito efetiva”.

Para ele, há uma grande parcela de responsabilidade do Poder Público. “Se o Estado não der condições de locomoção adequada para a população, não pode cobrar multa ou pegar o dinheiro da multa e não utilizar de volta no trânsito”. Essa é uma das recomendações da ONU, para que haja atenção na aplicação dos recursos advindos do trânsito, entre os quais, impostos sobre venda de carros, combustíveis e peças, além dos tributos sobre propriedade de veículos, as multas e as taxas de seguros.

A OMS prevê que em 2030 os traumatismos por acidentes de trânsito passarão a ser a quinta causa principal de mortalidade no mundo. Em 2004, eles ocupavam a nona posição no ranking.


Fonte:
Agência Brasil



10/05/2011 19:23


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