Incor-DF voltará a funcionar normalmente na próxima semana, anuncia secretário de Saúde na CAS
O Instituto do Coração do Distrito Federal (Incor-DF) voltará a funcionar normalmente na próxima semana. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (30) pelo secretário de Saúde do Distrito Federal, José Geraldo Maciel, durante audiência pública realizada pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) que examinou a crise enfrentada pelo hospital.
Maciel informou que o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda,irá disponibilizar, de imediato, R$ 5 milhões, a serem usados, basicamente, no pagamento da folha de pessoal e quitação de débitos trabalhistas. Os recursos serão revertidos aos cofres do GDF, conforme observou o secretário, em serviços. Na visão de Maciel, o saneamento do Incor-DF é de fundamental importância para o Sistema Único de Saúde (SUS) local.
Na semana passada, a direção do instituto anunciou que fecharia as portas do hospital no início de junho, em caráter definitivo, caso o governo federal ou alguma entidade não assumisse a gestão do hospital, administrado pela Fundação Zerbini desde a fundação do Incor-DF, em 2002. Atualmente, os prejuízos acumulados batem na casa dos R$ 56 milhões.
O promotor Diaulas Costa Ribeiro, da Promotoria de Defesa dos Usuários dos Serviços de Saúde (Pró-Vida) do Ministério Público, informou que a reabertura das portas do Incor-DF foi fruto de um acordo firmado entre União, GDF, Ministério Público e Fundação Zerbini. Pelo Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado entre as partes, a Fundação Zerbini continuará a ser a mantenedora do hospital pelos próximos seis meses. Ao final, um comitê de gestão decidirá se a Fundação Zerbini continuará a administrar o hospital ou se a administração do estabelecimento será entregue a outra instituição.
Diaulas Ribeiro reconheceu, entretanto, que as dívidas do Incor-DF "são impagáveis", e que, ao longo desses cinco anos de funcionamento, o hospital enfrentou várias crises. Os médicos, por exemplo, não recebem salários há dois meses, informou.
Excelência
O senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA), um dos responsáveis pela instalação do Instituto do Coração no Distrito Federal, aproveitou a reunião para voltar a pedir o fortalecimento do hospital em todos os níveis. Ele aplaudiu a decisão do governador Arruda de canalizar recursos para que o Incor-DF não fechasse as portas e exortou toda a equipe do instituto a não permitir que a entidade deixe de ser de excelência e passe a ser apenas uma casa de saúde.
O senador fez esses comentários ao lembrar que desde a criação do hospital, em 2002, o então ministro da Saúde, José Serra, lutou para que o Incor-DF não fosse instalado, garantindo a supremacia de São Paulo no setor. E pediu a toda equipe que deixe de lado questões políticas, para o bom funcionamento do hospital.
O senador Augusto Botelho (PT-RR), que presidiu a reunião, afirmou que o instituto deve ser mantido. Observou que o hospital não foi criado apenas para atender a população do Distrito Federal, mas, sim, de todo o país.
Adriano Caixeta, diretor-médico do instituto, reconheceu, durante a audiência pública, que na Região Centro-Oeste há um déficit de mais de 900 cirurgias cardiovasculares por ano. Fez uma explanação do funcionamento do Incor-DF, para concluir que centros especializados como o Instituto do Coração são vitais para a população. E disse que o instituto realiza mais de 95 mil consultas anuais, desde a sua fundação.30/05/2007
Agência Senado
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