Indústria nacional será priorizada nos investimentos da Copa e Olimpíada



Produtos brasileiros podem suprir entre 60% e 100% das demandas por equipamentos, eletro-eletrônicos e telecomunicações

 

O Ministério do Esporte firmou nesta segunda-feira (23) termo de cooperação com entidades representantes da indústria para garantir mais espaço para a produção nacional nas obras da Copa do Mundo de 2014 e nos Jogos Olímpicos do Rio (2016). Uma comissão, que contará com membros da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), irá acompanhar as concorrências para aquisição de bens e serviços ligados aos eventos esportivos, divulgando relatórios bimestrais que apontam o percentual de participação das empresas brasileiras.

De acordo com o ministro Aldo Rebelo, a medida serve de estímulo à geração de emprego, ao desenvolvimento da indústria nacional e à preservação da tecnologia nacional. Embora o País não seja capaz total de produzir os bens e oferecer serviços necessários aos eventos em sua totalidade, o termo visa a aumentar as fatias dessa participação.

O termo não traz metas percentuais para os setores, segundo o presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, mas a indústria nacional tem capacidade de oferecer 80% dos equipamentos de ginástica, por exemplo.

 Os mecanismos para aumentar a preferência pela produção nacional, de acordo com o ministro do Esporte, já estão previstos em lei, como a Lei de Preferência Nacional, cujos produtos e serviços com preços até 25% maiores que os estrangeiros ganham prioridade. “Mas nem sempre são utilizados por falta de uma articulação maior entre aquele que adquire o equipamento, o que fornece no Brasil e o próprio governo”, disse Rebelo.

O importante, na opinião do presidente da Abimaq, é que não ocorra como nos Jogos Pan-Americanos de 2007, quando a indústria brasileira foi prejudicada. “Quase 100% dos equipamentos da ginástica foram importados. O governo do Rio de Janeiro deu isenções de ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços], PIS [Programa de Integração Social], Cofins [Programa de Integração Social], e nós perdemos todas as concorrências”, lembra.

Leia mais:

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Governo busca fortalecimento da indústria de defesa nacional, diz Dilma

Indústria terá ajuda de R$ 60,4 bi em 2012

 

Fonte:

Ministério do Esporte
Agência Brasil

 

23/07/2012 20:40


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