Inflação brasileira está sob controle, destaca Guido Mantega
A inflação brasileira está sob controle e começou 2014 desacelerando, afirmou o ministro Guido Mantega. “Nas últimas duas semanas nós já temos uma tranquilização dos mercados, e acredito que essa turbulência (econômica) é passageira. Quando isso passar nós teremos uma recuperação com impulso do crescimento mundial e o Brasil está preparado para um novo ciclo de expansão da economia mundial”, ressaltou o ministro, durante o 9º balanço da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em Brasília, na manhã desta terça-feira (18).
Na avaliação do ministro, o programa está funcionando como um dinamizador da economia e é um dos principais motivos para a queda da inflação.
Durante o balanço, Mantega reforçou que a economia do Brasil está sólida e bem preparada para passar pela crise mundial financeira e rejeitou avaliações de que o País estaria entre as economias emergentes em situação de vulnerabilidade.
“O Brasil é o países com a quinta maior reserva econômica do mundo, com US$ 376 bilhões. Neste atual contexto, os países que têm mais reservas é os que estão mais bem posicionados perante a crise”, explica Mantega. Ele também ressaltou que o país tem a menor dívida externa de curto prazo, ou seja, com vencimento programado em até um ano "Nossa dívida externa é de US$ 330 bilhões, menor que nossas reservas. A dívida externa de curto prazo é menor ainda: cerca de 7% de toda a nossa dívida. As necessidades de (financiamento externas) de curto prazo são pequenas. Se tivéssemos de tomar recursos no mercado internacional, não teríamos dificuldades porque a exigência é pequena", esclarece Guido.
Investimentos Externos
De acordo com o ministro Guido Mantega, nos últimos três anos o Brasil esteve entro o quinto país que mais recebeu investimentos externos por ano, com participação no investimento externo direto.
Mantega ressaltou que apesar do déficit em transações correntes ter avançado para 3,6% do Produto interno Bruto (PIB) em 2013, o país ainda possui um resultado negativo menor do que os outros países com tendência de queda, por conta da maior produção e exportação de petróleo. "Em atração de investimentos estrangeiros, fomos o terceiro, quarto ou quinto países que mais recebeu recursos nos últimos anos. Tem um fluxo forte de entrada e isso vai continuar. Concentramos mais de 4% de todo investimento estrangeiro direto (do mundo). Estamos bem nessa foto", afirmou durante o balanço do PAC.
Câmbio
“Em termos de variação cambial, nos últimos seis meses o Brasil teve valorização do real (0,75%) e sem manteve estável. Então não podemos dizer que é o país que está mais frágil em relação ao câmbio”, destacou Guido. Ele ainda reforçou que o país é um dos poucos países emergentes que tem mercado de futuro. “Em vez de sair dólares e recursos do país, o que temos são apostas e contra apostas no futuro. Como nós temos um mercado líquido a nossa moeda se move mais rapidamente. Nós estamos num patamar razoável de câmbio, que tem se estendido nas duas semanas”, analisou.
Inflação
Ao tratar sobre a inflação do Brasil, Mantega voltou a reforçar que o governo está cumprindo com as metas. “Nós podemos notar que em janeiro o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) teve uma posição melhor, em relação aos dois anos anteriores (2012 e 2011)”. Guido Mantega ainda reforçou que a inflação dos alimentos e bebidas está crescendo mais lentamente, em comparação com anos anteriores. “Temos uma tendência mais benigna da inflação em relação à inflação de 2012”, reforça.
Fonte:
Portal Brasil
18/02/2014 13:05
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