Informalidade marca posse de Lula



A cerimônia do juramento constitucional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi marcada pela informalidade. Diante de um plenário lotado, às 15h08 desta quarta-feira (1º), o presidente leu o juramento com as promessas que nortearão sua vida pelos próximos quatro anos: -Prometo manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil-, disse Lula.

Mal terminou de ler, foi intensamente aplaudido pelo plenário, seguindo-se a isso a entoação de -olê, olê, olê, olá, Lula, Lula-. Foi a vez de o vice-presidente José Alencar também ler o juramento, novamente seguido de aplausos. Encerrados os compromissos, o presidente do Senado, Ramez Tebet, declarou os dois empossados como presidente e vice-presidente do Brasil.

Enquanto o plenário voltava a entoar um dos jingles da campanha petista, o presidente do Senado apertava as mãos dos dois empossados. Com todo o plenário de pé, ouviu-se em seguida a banda dos fuzileiros navais executar o Hino Nacional. O presidente e o vice-presidente assinaram então os termos de posse, lidos em seguida pelo primeiro secretário da mesa do Congresso, deputado Severino Cavalcanti (PPB-PE).

Mantendo a informalidade da cerimônia, Severino Cavalcanti anunciou que também quebrava o protocolo para dizer que, como Lula, veio do Nordeste, num pau-de-arara, expulso pela seca. A essa leitura, seguiu-se o discurso do presidente eleito, que recorreu freqüentemente a um lenço branco para enxugar as gotas de suor e de lágrimas que o importunavam.



01/01/2003

Agência Senado


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