Iris rebate "insinuações" de governador em relação aos senadores de Goiás
Ele lembrou que nunca trouxe à tribuna do Senado assuntos da política estadual, mas prometeu retornar para fazer uma avaliação do governo goiano e explicar como Perillo ganhou a eleição, além de relatar casos como o desaparecimento de um processo encaminhado por um prefeito à Procuradoria da República, com denúncia de cobrança de 20% para a liberação de verbas federais e a participação de uma empresa de 0900 no recebimento de "doações milionárias" para a campanha eleitoral do governador.
- Temos muitos picaretas na política que fazem como aquele ladrão que rouba a bolsa da madame e, para confundir seus perseguidores, corre gritando "pega ladrão". Da infâmia e da calúnia, nenhum político está livre. Prezo muito a minha honra de político honesto e todo senador tem o dever de esclarecer qualquer denúncia contra a sua pessoa - afirmou.
O senador Mauro Miranda (PMDB-GO) cumprimentou Iris por estar "colocando os pingos nos is" e disse que o povo de Goiás já percebeu o "grande equívoco" que cometeu ao eleger "esse governador pequeno". Miranda disse que Perillo tem sido constantemente questionado e vaiado em eventos e solenidades. "Das 245 mil residências que ele prometeu durante a campanha, a única que ele construiu foi a mansão que tem em Pirenópolis", afirmou.
Iris alertou para o sentimento de repúdio à classe política que vem sendo criado junto à população e para a idéia de que o mundo político é o mundo da corrupção e do desmando. Para ele, esse clima afasta e afastará mais ainda as pessoas de bem que poderiam integrar o mundo político. Segundo o senador, ninguém quer ou tem mais coragem de tomar decisões na administração pública por medo de processos e de calúnias. A seu ver, a corrupção generalizada de hoje foi criada por 40 anos de ditadura, quando a censura ajudou a acobertar as denúncias da imprensa.
Afirmando sua confiança no patriotismo e na correção do presidente Fernando Henrique Cardoso, o senador recomendou que seja acelerada "ainda mais" a ação do governo na apuração de todas as denúncias, mesmo que grande parte delas seja leviana. Ele lamentou o "ambiente de angústia e dúvida" que foi imposto à população e defendeu a tomada, por parte do governo e do Congresso Nacional, de "uma posição rápida, veemente e forte para passar o país a limpo".
07/05/2001
Agência Senado
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