Paim rebate insinuações contra os que aprovaram mínimo de R$ 275
-Não podemos aceitar as insinuações de que o Senado é uma instituição conservadora, e que por isso teria aprovado um salário mínimo maior-, opinou o senador Paulo Paim (PT-RS). Ele também rebateu insinuações que teriam sido feitas por integrante do governo Luiz Inácio Lula da Silva, de que os que defendem um salário mínimo maior são nazistas, e de que a derrota do governo com a aprovação de um salário mínimo de R$ 275 seria como uma batalha perdida pelos aliados antes da vitória final sobre os nazistas.
Na avaliação do senador pelo Rio Grande do Sul, tanto hoje, na defesa de um salário mínimo maior, quanto ontem, na defesa do Estado de Direito, o Senado confirma sua posição de vanguarda quando estão em jogo os interesses maiores da Nação. Para Paim, a tentativa de taxar de conservadores os que votaram por um salário mínimo maior inverte o significado das palavras e o sentido das coisas.
- A vitória dos trabalhadores não pode ser interpretada como se fosse uma derrota no governo. Da mesma forma que não podem ser taxados de nazistas os que defendem um salário mínimo maior. Já que tocaram nos aliados, que seria da França subjugada pelas patas nazistas à época da Segunda Guerra Mundial e vendo boa parte de suas elites acovardadas ante o invasor, se não fosse a ensandecida e obstinada luta da resistência? - indagou Paulo Paim.
Aos deputados federais e aos governistas o senador gaúcho sugeriu que não inviabilizem a aprovação, na Câmara, do salário mínimo de R$ 275. Ele alertou que se a Câmara rejeitar o texto aprovado pelo Senado, ou o presidente Lula, caso a matéria seja aprovada, vetar a proposição, o desgaste se multiplicará. Paim registrou que os trabalhadores já estão contando com os R$ 15 a mais que o Senado aprovou para o salário mínimo.
21/06/2004
Agência Senado
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