Iris Rezende defende decisão de Nelson Jobim
O senador Iris Rezende (PMDB-GO) defendeu nesta segunda-feira (17) o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Nelson Jobim, da acusação de que teria agido com parcialidade, ao derrubar, na madrugada de sábado, liminar que suspendia a convenção do PMDB marcada para aquele mesmo dia.
- Conheço Nelson Jobim desde a época em que era parlamentar filiado ao PMDB. Homem de integridade moral, elevado espírito público, extremamente competente e que tem uma vida sem qualquer mácula. Falo isso para que não pairem dúvidas sobre sua decisão - disse Íris, referindo-se a insinuações publicadas na imprensa contra o presidente do TSE.
O senador disse que não aceita ligar a antiga militância política de Nelson Jobim à decisão que tomou. Observou que dois dos mais importantes partidos políticos do país - PMDB e PSDB - realizariam no sábado suas convenções para escolha dos candidatos à Presidência. Portanto, na opinião do senador, estranho seria o presidente do TSE desconhecer as duas convenções e não estar disposto a examinar um mandado de segurança e um instrumento de agravo questionando uma liminar de juiz que suspendia a convenção do PMDB.
Em aparte, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) observou que havia lido em Plenário, pouco antes, uma notícia do jornal Correio Braziliense, e não feito uma crítica ao fato de Nelson Jobim ter examinado o mandado de segurança do PMDB na madrugada de sábado. Para ele, o estranho é que o TSE não manteve no sábado, durante o dia, protocolo aberto para receber outras ações. Requião disse ainda ter ouvido do senador Maguito Vilela (PMDB-GO) que os convencionais de Goiás iriam apoiar o seu nome na convenção, o que não ocorreu.
Iris Rezende ponderou que até quatro dias antes da convenção a quase totalidade dos delegados goianos estava disposta a acompanhar Roberto Requião, mas ocorreu uma mudança de posição. "Não houve gesto de favor ou posições ilícitas. Apenas entendemos que a decisão em favor de uma coligação com o PSDB seria melhor para o partido", acrescentou.
17/06/2002
Agência Senado
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