Itamaraty desaconselha viagens ao Egito e põe telefone à disposição de brasileiros



O Ministério das Relações Exteriores (MRE) divulgou nota, nesta segunda-feira (31), informando que o governo brasileiro acompanha “com preocupação” a situação no Egito e que a embaixada brasileira no Cairo desaconselha viagens ao país até que a situação volte à normalidade. Além disso, informa que tem atuado no retorno antecipado dos brasileiros que se encontram naquele país.

A nota destaca que o Brasil “espera que não haja atos de repressão violenta contra os manifestantes” e reafirma o desejo de que os acontecimentos “evoluam de forma pacífica”.

A Embaixada do Brasil na capital do Egito coloca à disposição dos cidadãos brasileiros os seguintes números telefônicos: (00xx202) 2575-6877 e 2577-3013. O número telefônico do plantão diplomático é: (00xx2010) 8177678.

Segundo o ministério, não há uma estimativa de quantos turistas brasileiros estão no Egito. A embaixada sabe que há cerca de 100 brasileiros vivendo no Cairo, capital do país, a maioria mulheres casadas com egípcios.

 

Dificuldades nos aeroportos

Turistas brasileiros estão com dificuldades para deixar o Egito antes da data marcada para a sua saída. Segundo informações do Ministério das Relações Exteriores, esses turistas não estão encontrando vagas nos voos. Aqueles que estão deixando o país em data previamente marcada não têm encontrado problemas.

Sindicatos egípcios convocaram greve geral para esta segunda-feira (31) para pressionar pela renúncia do presidente Hosni Mubarak, em meio aos mais intensos protestos no país em três décadas. A greve foi convocada nas cidades do Cairo, de Alexandria, Suez e Port Said. O governo anunciou a ampliação do toque de recolher até as 8h (4h em Brasília) desta terça-feira (1º), de acordo com informações da BBC Brasil. Inicialmente, o toque de recolher deveria terminar no domingo (30).

Cerca de 50 mil manifestantes continuavam reunidos na praça Tahrir, no centro do Cairo, na manhã desta segunda-feira, cercados por tanques do Exército e desafiando o toque de recolher imposto pelo governo. Os militares estão evitando atacar os manifestantes.

Em alguns bairros do Cairo e de outras cidades, moradores montaram barricadas, armados com bastões e facões para proteger de saques e vandalismo.

Desde a última terça-feira (25), várias organizações populares estão a frente dos protestos no Egito.

 

Fonte:
Agência Brasil
Ministério das Relações Exteriores



24/02/2011 16:23


Artigos Relacionados


Itamaraty condena detenção de jornalistas brasileiros e ONU diz que violência no Egito é inaceitável

Ana Amélia propõe ao Itamaraty revisão do acordo Mercosul-Egito

Itamaraty reforça alerta para turistas que viajam ao Egito, após sequestro de brasileiras

Jefferson Péres: Itamaraty deve ser mais cuidadoso ao definir viagens presidenciais

Brasileiros ainda enfrentam dificuldades para deixar o Egito

Programas sociais brasileiros deverão ser tema de cooperação com o Egito