Ivo Cassol pede plano para absorver trabalhadores após conclusão de hidrelétricas em RO




Os tumultos ocorridos na Usina de Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia, que resultaram na depredação do canteiro de obras da hidrelétrica e no incêndio de alojamentos, foi apenas uma pequena amostra do que poderá ocorrer no futuro. Ao fazer o alerta, da tribuna do Plenário, o senador Ivo Cassol (PP-RO) defendeu a adoção de providências para quando as obras acabarem e cerca de 150 mil trabalhadores ficarem sem emprego.

- Quando as usinas de Jirau e de Santo Antônio forem concluídas, ficarão sem emprego não apenas os trabalhadores diretos, mas os indiretos que desenvolvem atividades em farmácias, padarias ou outros estabelecimentos comerciais. A tendência é que a maioria dessas pessoas vá buscar sua sobrevivência na floresta, derrubando árvores. Temos que trabalhar agora em uma alternativa para o futuro - afirmou Ivo Cassol.

O senador por Rondônia lembrou que foi contra a construção das duas usinas ao mesmo tempo. Ele destacou que, na época, justificou sua posição amparado no fato de que o estado não dispunha de infraestrutura, sobretudo no que diz respeito a hotéis e hospitais, para receber tanta gente de uma vez só. Outro argumento utilizado por Cassol, que na época governava o estado, era o de que a implantação de uma hidrelétrica após a outra, prolongaria os empregos por cinco anos.

Em aparte, o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) defendeu a implantação de uma zona de processamento de exportação (ZPE) em Rondônia. Ele lembrou que foi autor de uma proposição nesse sentido. Já o senador Pedro Taques (PDT-MT) opinou que da mesma forma que a Região Norte vai ajudar o país fornecendo energia a partir das hidrelétricas em construção, o Brasil tem obrigação de colaborar com o desenvolvimento dos estados da Amazônia.



22/03/2011

Agência Senado


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