Jader anuncia que vai procurar demais partidos para negociar composição de chapa



Logo após ser indicado pela bancada do PMDB como o candidato do partido à Presidência do Senado, o senador Jader Barbalho (PA) anunciou nesta terça-feira (dia 30) que vai começar a negociar com os demais partidos a composição de uma chapa para a eleição da nova Mesa da Casa. Ele disse que respeitará todas as indicações que venham a ser feitas pelas lideranças partidárias.

- Nós não trabalhamos com vetos, pois quem tem que avaliar a qualidade e o mérito de cada pessoa indicada é o próprio partido que faz a indicação - afirmou Jader em entrevista concedida depois da confirmação de sua candidatura pela bancada do PMDB. "Não discutiremos as decisões das demais bancadas, porque isto seria despropositado e anti-democrático", observou o senador.

Jader considerou uma "surpresa gratificante" o resultado da votação na bancada do PMDB, que o indicou candidato do partido por 23 votos a um, além de uma abstenção. "Foi quase uma unanimidade", disse o senador, após recordar que durante as últimas semanas a imprensa chegou a anunciar a possibilidade de cinco senadores do partido votarem contra a indicação de seu nome para a Presidência do Senado.

O senador assegurou ainda não estar preocupado com as denúncias de corrupção feitas contra ele pelo presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães. "A população sabe que tudo isso não passa de uma campanha de natureza pessoal", afirmou Jader. "E para o partido está claro que as denúncias apresentadas são improcedentes e não se sustentam".

Caso venha a ser eleito presidente do Senado, Jader deixará a presidência nacional do PMDB, que atualmente acumula com o a liderança do partido na Casa. Ele explicou sua decisão com o argumento de que o exercício da presidência do Senado deve ser suprapartidário.

Jader disse que pretende dirigir o Senado de forma colegiada, com a participação da Mesa, e antecipou posição favorável à adoção de um recesso menor nos trabalhos do Legislativo no começo de cada ano. "Não vejo justificativa para um longo recesso, que acaba resultando em despesas com a convocação extraordinária e em desgaste para o Congresso", afirmou o senador. Ele lembrou já ter apresentado projeto prevendo a redução do período em que os parlamentares permanecem afastados de Brasília.

30/01/2001

Agência Senado


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