Nome de Jader é excluído de chapa
Nome de Jader é excluído de chapa
A crise em que se encontra o senador Jader Barbalho (PMDB-PA), presidente licenciado do Senado, teve mais um lance ontem. Jader ofereceu seu nome para constar na chapa governista que disputa a presidência da sigla no domingo. Foi ignorado.
A Folha teve acesso a um documento formal do PMDB do Pará, do qual Jader é o presidente (veja quadro nesta página).
No papel, o senador autoriza a inclusão de seu nome na chapa que disputa a presidência do PMDB pela ala do partido ligada ao Palácio do Planalto.
A chapa governista é encabeçada pelo deputado federal Michel Temer (PMDB-SP).
Segundo sua assessoria de imprensa, o presidente licenciado do Senado apenas assinou o papel para cumprir uma formalidade. Na realidade, ele não desejaria participar da chapa.
Regra
No entanto, segundo a Folha apurou não há no PMDB nenhuma regra que obrigasse Jader a assinar o documento.
O constrangimento imposto a Jader ocorreu porque a chapa governista não queria ficar com o ônus de estar dando apoio ao senador, atualmente alvo de várias investigações.
Em reserva, a ala itamarista do PMDB comemorou ontem a humilhação imposta a Jader.
O grupo oposicionista do partido avalia que isso deve enfraquecer um pouco o apoio que os governistas obterão do Pará.
Itamaristas vão para confronto
A ala itamarista do PMDB amanheceu ontem disposta a entregar os pontos. Depois de fazer algumas contas, terminou o dia afirmando que continuará na disputa pela presidência da sigla, inclusive insinuando um possível confronto físico na convenção nacional do partido, no domingo.
"Vamos para o pau. Serão 2.000 pessoas de São Paulo. Outras 2.000 de Goiás. Só gente experiente em convenção", diz o deputado federal Marcelo Barbieri (PMDB-SP), um dos pontas-de-lança do grupo ligado ao ex-governador Orestes Quércia no Congresso. De Minas sairão de 50 a 60 ônibus e um avião fretado pelo vice-governador Newton Cardoso, ao custo de R$ 16 mil, para levar os convencionais do Estado.
Quércia, junto com outro cacique histórico da sigla, o senador Iris Rezende (GO), deve monopolizar o comando das claques pró-candidatura de Itamar Franco, governador de Minas Gerais, a presidente da República em 2002.
Quércia, Iris e o senador Maguito Vilela (GO), candidato a presidente do PMDB pelos itamaristas, se reuniram ontem em Brasília. Concluíram ter 39,7% dos votos.
"O Michel Temer é mentiroso quando diz ter de 70% a 80% dos votos", afirma Barbieri. "Chegamos ao nosso percentual numa estimativa pessimista. Acho que é mais fácil o pessoal do lado deles estar mentindo ou escondendo o voto do que o nosso grupo", diz Iris. Temer rebate: "Nossa contabilidade é séria. Não somos nós que pensamos em fazer tumulto".
Manobra do PMDB com PL garante TV a itamaristas
A ala itamarista do PMDB deu uma rasteira no grupo governista do partido a fim de tentar evitar a provável derrota na convenção de domingo. O presidente interino do PMDB, o senador Maguito Vilela (GO), trocou datas de inserções na TV com o PL a fim de usá-las nesta semana.
A idéia dos itamaristas é persuadir os convencionais a votar em Maguito, que disputa a presidência do partido contra o deputado federal Michel Temer (SP) e defende a candidatura presidencial do governador de Minas, Itamar Franco. Estava prevista a veiculação de comerciais de 30 segundos na TV a partir das 20h de ontem. A depender do conteúdo, os governistas deverão recorrer à Justiça para tentar impedir mais duas propagandas, uma amanhã e outra sábado.
Maguito disse que faria a convocação para o encontro e falaria da "história do PMDB". O líder do PMDB na Câmara, Geddel Vieira Lima (BA), disse que vai ouvir "que história Maguito vai contar" para decidir se recorre à Justiça a fim de impedir as duas últimas inserções.
Geddel afirmou que "Maguito falou que não daria golpes, mas está quebrando a palavra". Disse ainda que o hoje oposicionista Maguito "defendeu com ênfase a reeleição do presidente Fernando Henrique em 1998".
Maguito nega ter abusado do seu poder de presidente da sigla. "Trata-se de uma atribuição do presidente do partido. Estou apenas convocando o partido para a convenção. Abuso de poder é o que a ala governista faz, com os três ministros do partido trabalhando para cabalar votos", diz.
A manobra dos itamaristas foi idealizada por Henrique Hargreaves, secretário da Casa Civil do governo de Minas e estrategista político de Itamar.
Maguito telefonou para o presidente do PL, o deputado federal Valdemar Costa Neto (SP), um simpatizante da candidatura presidencial de Itamar. Propôs a troca do horário partidário gratuito. Costa Neto aceitou na hora.
O candidato a presidente do grupo governista, Michel Temer, disse que "Maguito e Itamar estão apelando porque já viram que vão perder a convenção democraticamente". Temer avalia que terá 70% dos votos dos convencionais e que seu grupo ganhará a maioria dos postos na Executiva Nacional e no diretório nacional, instâncias que comandam a sigla.
Além da manobra televisiva, Maguito está tentando fazer uma reunião do Conselho Político do PMDB hoje ou amanhã a fim de mudar a pauta da convenção.
Apesar de haver controvérsia jurídica sobre o poder do conselho para alterar uma decisão da Executiva, os governistas pretendem boicotar o encontro. São necessários 28 dos 54 membros do órgão para que ele possa se reunir.
Centenário de JK opõe Itamar a FHC
A abertura do ano do centenário do presidente Juscelino Kubitschek, no dia 12 de setembro, data em que JK completaria 99 anos, vai opor mais uma vez o governador de Minas Gerais, Itamar Franco (PMDB), ao presidente Fernando Henrique Cardoso.
No dia do aniversário de JK, Itamar estará em Diamantina (MG) para entregar a medalha que leva o nome de Juscelino. Entre os agraciados estará o ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL), o mais recente desafeto de FHC.
Nesse mesmo dia, FHC estará no memorial JK, em Brasília, prestando homenagem a Juscelino. No dia seguinte, enquanto Itamar estiver deixando a terra natal de JK, ministros de FHC estarão chegando à cidade (patrimônio histórico mundial) para as comemorações do governo federal.
Adversário de ACM até a véspera da abertura da investigação contra o baiano no Conselho de Ética do Senado, quando disse que o ex-senador estava sendo "execrado" pelo governo e pela mídia, Itamar quer agora selar essa aproximação para ter o apoio do ex-senador baiano em 2002.
Com as condecorações, o governador colocará sobre seu palanque antigos desafetos. Ao som de uma vesperata (apresentação em que músicos tocam das sacadas do casario), vão dividir o palanque ACM e o ex-governador Leonel Brizola (PDT), velhos adversários. Brizola é hoje um dos principais articuladores da candidatura de Itamar ao Planalto.
O deputado Delfim Netto (PPB-SP) também será homenageado, assim como o senador Maguito Vilela (PMDB-GO), o economista Celso Furtado e o prefeito de Belo Horizonte, Célio de Castro.
A comissão do governo federal que cuida da abertura do ano do centenário de JK desembarcará em Diamantina com cinco ministros: Francisco Weffort (Cultura), Pimenta da Veiga (Comunicações), Celso Lafer (Relações Exteriores), Carlos Melles (Esportes e Turismo) e Roberto Brant (Previdência).
FHC quer se perpetuar no poder, diz Itamar
O governador de Minas Gerais, Itamar Franco (PMDB), disse ontem acreditar que o presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, seria capaz até mesmo de fraudar as eleições presidenciais para continuar no poder.
"Tudo pode acontecer. Até mesmo a manipulação de urnas eletrônicas. O presidente não quer perder o comando do país. Nunca assisti, nem mesmo em regimes fortes, ao presidente agir como está agindo agora", afirmou Itamar, que fez palestra no Clube Militar do Rio de Janeiro.
FHC não comentou a declaração de Itamar. Ele oferecia um jantar ao primeiro ministro de Portugal, António Guterres no Palácio da Alvorada e não pode ser contatado por seus assessores.
As declarações do governador foram dadas em entrevista, quando foi questionado sobre suas expectativas em relação à convenção do PMDB, marcada para este domingo. Ele confirmou presença na convenção. "A convenção pode ser viciada. Se for viciada, vamos denunciar. A ingerência do presidente é forte no partido.
Se hoje ele atua dessa maneira, o que ele não fará quando tiver o seu candidato?", indagou.
Segundo o governador, FHC tem usado métodos heterodoxos, como liberação de verbas, para influir nas convenções do PMDB.
Itamar não quis dizer o que pode acontecer com seu futuro político, caso a ala oposicionista do PMDB, da qual faz parte, perca a convenção, mas afirmou que haverá consequências: "Vamos aguardar, mas vai acontecer algo. Vai mudar bastante coisa".
Ele confirmou apenas que pretende voltar a conversar com o pré-candidato à Presidência pelo PPS, Ciro Gomes, sobre a possibilidade de união ainda no primeiro turno. Ciro e Itamar se encontraram na semana passada, no Rio, a convite do presidente nacional do PDT, Leonel Brizola.
Caso Itamar perca a convenção, hipótese considerada mais provável, seu destino político pode ser também o PDT, sigla pela qual ele poderia sair candidato a presidente da República no ano que vem. Apesar de já se preparar para agir caso saia derrotado na convenção, ele disse que é muito difícil prever o que acontecerá.
Caso confirmada no domingo, essa não será a primeira derrota de Itamar para a ala do partido que apóia FHC.
Na última convenção do PMDB, que definiu os rumos do partido nas eleições de 1998, ele também saiu derrotado. "Saí humilhado. Foi triste. Daquela vez, ele [FHC" brindou minha derrota com champanhe. Vamos ver com o que ele vai brindar dessa vez", disse. Itamar estava no Rio desde segunda e sua volta para Minas está marcada para hoje.
Texto torna mais difícil cassar mandato
A Câmara aprovou ontem o projeto que institui o Código de Ética e Decoro Parlamentar, mas os pontos polêmicos só serão analisados hoje. Ainda está pendente o dispositivo que trata da apresentação da declaração de bens, da movimentação financeira e das dívidas dos deputados.
A proposta aprovada permite a publicação desses dados, mas o texto não será mantido. Hoje será votada a emenda do segundo vice-presidente da Câmara, Barbosa Neto (PMDB-GO), que determina a apresentação dos dados à Mesa e permite que o Conselho de Ética -criado pelo projeto- os requisite mediante aprovação pela maioria de seus integrantes.
O líder do PMDB na Câmara, Geddel Vieira Lima (BA), quer manter o sistema atual. Ou seja, os deputados entregam a declaração de bens à Mesa, que a encaminha ao TCU (Tribunal de Contas da União), e o acesso a dados fiscais e bancários só é permitido por decisão judicial.
"Quero manter como é hoje. Afinal, somos cidadãos comuns ou não? Para algumas coisas, como ter acesso a salas VIP e a passaporte diplomático, dizem que somos cidadãos comuns. Para outras, somos homens públicos", argumentou Geddel. Líderes de oposição admitiam que a proposta de Geddel deve ser aprovada.
Depende de votação o nome do órgão que vai analisar a conduta dos deputados. O texto aprovado diz que é comissão, mas o parecer do segundo vice-presidente, que deve prevalecer, estabelece Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. Pelo projeto, os eleitores poderão apresentar representação contra os deputados no conselho, desde que o documento tenha o apoio de pelo menos 5% do eleitorado do Estado pelo qual o congressista foi eleito e prova específica do crime alegado.
O líder peemedebista quer mudar também esse dispositivo. Para ele, a representação deve ser protocolada somente na Mesa da Câmara, que a encaminhará ao conselho. Punições intermediárias para atos que atentem contra o decoro parlamentar poderão ser excluídas do texto. Entre essas punições está, por exemplo, a suspensão temporária do mandato
"Isso é inócuo. A Constituição estabelece que, se houve quebra de decoro, a punição é cassação. Quebrou o decoro, cassa", afirmou o líder do PMDB na Câmara.
O projeto, que está sendo discutido desde 1992, prevê a divulgação de dados sobre o desempenho dos deputados.
Colunistas
PAINEL
Salvador da pátria
Ciro Gomes (PPS) assumiu em jantar com empresários paulistas anteontem a responsabilidade pelo sucesso do Plano Real. No currículo que entregou aos empresários, o presidenciável diz que, como ministro da Fazenda, "salvou o Plano Real e a própria candidatura de FHC".
Operação Bombril
O jantar foi marcado para tentar melhorar a imagem de Ciro entre empresários. Recentemente, ele comparou encontro de FHC com o setor às reuniões da Oban no regime militar. Febraban, Fiesp e Bovespa estavam entre os comensais.
Promessa de campanha
No jantar, Ciro defendeu a independência do Banco Central a partir de 2003 e a adoção do parlamentarismo, mas somente em 2006. O presidenciável prometeu também, caso eleito, promover as reformas política, tributária e previdenciária.
Independência ou morte
Pedro Malan (Fazenda) vai comemorar o feriado de 7 de setembro "em casa", ironizavam ontem empresários paulistas. O ministro irá abrir o pregão da Bolsa de Nova York, nos EUA.
Sim, senhor
FHC procurou ontem Aécio Neves (Câmara) para conversar sobre a CPI do Proer e "sugerir" o nome de Alberto Goldman (PSDB) para a relatoria. O tucano acatou o nome no ato.
Fogo alto
O Conselho de Ética decidiu que Romeu Tuma (PFL-SP) será o relator do caso Jader após a instauração do processo por quebra de decoro. A ordem do PFL ao senador paulista é trabalhar rapidamente para forçar a renúncia do paraense.
Telegrama do desespero
Jader Barbalho voltou a fazer ameaças a Romeu Tuma. Pediu que dissessem ao corregedor do Senado que ele "vai pagar caro". E que, ao retornar à presidência da Casa, dará o troco.
Iniciativa privada
Responsável pelo aditamento nas obras do rodoanel, Michael Zeitlin aparece em auditoria do Banco Central no Banespa. O secretário de Geraldo Alckmin foi o representante da empresa Vega Sopave numa operação que, segundo o BC, gerou prejuízo de US$ 50 mi ao banco paulista.
Heresia no papel
A denúncia de que a gráfica do governo de Zeca do PT (MS) imprimiu 1 milhão de exemplares do "Jornal do Plebiscito" cita a CNBB, que aparece como responsável pelo panfleto. Mas a entidade nega ter alguma responsabilidade sobre o jornal.
Resistência interna
Adesivo distribuído por petistas de Minas contrários à filiação de Célio de Castro ao PT: "No PT, não! Senhor Célio, procure outro (lugar)". Detalhe: Lula acha que o prefeito de BH pode ser um bom vice em 2002.
Agente infiltrado
Adversário de Anthony Garotinho no PSB, Saturnino Braga não irá filiar-se ao PT. O senador continuará no PSB, a pedido do próprio PT, para defender internamente uma aliança com Lula.
Lojas do ramo
Garibaldi Alves (PMDB) é investigado pelo Ministério Público em razão da compra de cestas básicas. O governador do RN teria adquirido R$ 1 mi em cestas básicas de um office-boy e outros R$ 25 mil de uma papelaria.
Visitas à Folha
Alcides Tápias, ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, visitou ontem a Folha, a convite do jornal, onde foi recebido em almoço.
Henri Philippe Reichstul, presidente da Petrobras, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Luís Carlos Cabral, assessor de imprensa.
Pedro Paulo de Sena Madureira, vice-presidente da BrasilConnects Cultura & Ecologia, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Sharon Hess, coordenadora-geral de mídia.
TIROTEIO
Do ministro José Gregori (Justiça), sobre as manifestações contra FHC em Durban (África do Sul), promovidas pela CUT e por bancários, entre outros:
- Fanatismo é viajar 8.000 quilômetros para falar mal do presidente na África.
CONTRAPONTO
Laços de família
O prefeito de Anápolis (GO), Ernani de Paula, esteve na semana passada no gabinete do senador Roberto Freire (PE) para negociar sua filiação ao PPS.
No meio da conversa, entrou no gabinete o senador Mauro Miranda (PMDB-GO). Antigo aliado de Ernani, Miranda tentou convencê-lo a voltar ao PMDB, ao qual já foi filiado.
Miranda desfiou uma série de argumentos, principalmente a força eleitoral do PMDB goiano.
Mas Ernani permaneceu irredutível, argumentando que preferia entrar em um partido de oposição. Ao se despedir do senador, o prefeito fez um comentário despretensioso:
- O sobrenome da minha família também é Miranda.
O senador pegou ali o gancho para uma última tentativa:
- Pois então você é meu primo! Temos que caminhar juntos. Parentes não podem nunca ser adversários!
Editorial
HORA DE DEFINIÇÕES
O governo brasileiro perdeu tempo demais antes de definir uma política de exportações, a ponto de obrigar o presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, a soltar o brado "exportar ou morrer" (agora reconvertido para "exportar e viver"). Como se fosse pouco, o país está perdendo tempo também em definir políticas internas que sejam compatíveis com as negociações comerciais internacionais já em andamento ou prestes a se iniciar.
Fica a sensação de que o fato de a Alca (Área de Livre Comércio das Américas) ter tido o início de sua implementação fixado para 2006 provocou uma certa letargia no próprio governo e também nos setores organizados da sociedade.
Agora, no entanto, está se armando potencialmente um cenário que devolverá urgência ao tema. Nas reuniões preparatórias para a Conferência Ministerial da OMC (Organização Mundial do Comércio), a realizar-se em novembro em Doha, no Qatar, o governo norte-americano deixou claro que, se não houver avanços na negociação em âmbito planetário, concentrará todos os esforços no nível regional.
Ou seja, se não houver nova negociação global, Washington voltará a pressionar para apressar a Alca.
Para o Brasil, o principal alvo da pressão norte-americana, cria-se um cenário claramente inconveniente, até porque não foram feitos ainda estudos detalhados sobre o impacto da Alca nos diversos setores da economia interna.
Mais: parece lógico supor que, na OMC, os interesses brasileiros podem ser mais facilmente defendidos, aproveitando as contradições entre os países desenvolvidos para aliar-se ora com um ora com outro. E aliando-se igualmente com países em desenvolvimento, como a Índia, que não têm pressa em liberalizações comerciais adicionais.
Mas tudo depende de o Brasil decidir que tipo de inserção quer ter na economia global ou mesmo na sua própria região, as Américas.
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