Jader diz que cumpriu seu dever e senadores avaliam discurso de renúncia
- Na vida, às vezes vivemos uma circunstância que não podemos evitar. Como citei, em Eclesiastes (Velho Testamento), "há tempo para tudo; tempo para falar e tempo para calar" - disse o senador que, no entanto, recusou-se a comentar que tais palavras poderiam ter conotação de revanchismo ou de ameaças.
Os senadores Nabor Junior (AC) e Maguito Vilela (GO), do partido de Jader, consideraram como "bem feito" o discurso de renúncia. Para Maguito, Jader demonstrou muita convicção pessoal ao reafirmar ser inocente das acusações que recebe. Já Nabor caracterizou o pronunciamento como um dos melhores que ouviu em seus 14 anos como senador.
- Foi uma grande peça de oratória e os argumentos que ele (Jader) apresentou em sua defesa são consistentes. A renúncia foi um gesto de grandeza - disse Nabor.
Para o senador Jefferson Péres (PDT-AM), o discurso do senador paraense foi moderado e positivo neste sentido, pois em sua opinião, se Jader tivesse sido agressivo poderia acirrar a crise e os desentendimentos internos da Casa.
Já o senador José Eduardo Dutra (PT-SE) avaliou o discurso como "previsível", não trazendo nenhum dado novo aos fatos relacionados com as acusações que pesam contra o ex-presidente.
O senador Waldeck Ornelas (PFL-BA) lembrou que desde abril do ano passado o ex-senador Antonio Carlos Magalhães vinha avisando que o senador Jader Barbalho não tinha condições, pelas denúncias que sofria, de assumir a Presidência da Casa.
- Agora, espero que o PMDB indique um candidato que possa estar à altura das funções de direção do Senado - disse Ornelas.
18/09/2001
Agência Senado
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