Senadores avaliam discurso presidencial



O fortalecimento do Congresso Nacional foi a principal característica destacada por diversos senadores no discurso do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva na abertura da 52ª Legislatura. O senador Jefferson Péres (PDT-AM) disse que a iniciativa de Lula foi um sinal de respeito e apreço pelo Congresso e que a presença do presidente no início das legislaturas deveria estar prevista na Constituição.

- Mais do que uma prática, deveria ser um preceito constitucional - afirmou.

O senador Romeu Tuma (PFL-SP) disse que, dentro da máxima democrática de independência dos poderes, a iniciativa de Lula foi uma decisão sábia. Para ele, -o presidente fez um discurso sincero, mostrando as dificuldades e a necessidade das medidas que tomou para manter o equilíbrio das contas públicas-.

O senador Ney Suassuna (PMDB-PB) gostou do discurso presidencial -pela objetividade, pela franqueza e, principalmente, pela solicitação de uma parceria com o Congresso-. Ele ainda lembrou que a presença do presidente na abertura dos trabalhos legislativos era uma tradição que não estava sendo cumprida.

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) qualificou o gesto do presidente da República como um -excelente sinal- de melhora na relação entre Executivo e Legislativo, afirmando que -isto robustece o papel do Congresso-.

Para o senador Romero Jucá (PSDB-RR), o discurso de Lula foi -um protocolo de intenções- que propôs um pacto de governabilidade. -Hoje a bola começa a girar-, afirmou. Ele assinalou que, se houve uma mudança de sensibilidade, ela foi do PT.

- O discurso do PT no ano passado era um e hoje é outro - assinalou Jucá.

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) disse que o tom do discurso -foi para cima-. Ele acrescentou que não se deve começar um governo procurando por brigas, mas procurando conversa.

- Se o Lula está falando a nossa linguagem, ótimo. Vamos levar essa linguagem para o país - afirmou.



17/02/2003

Agência Senado


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