Senadores apóiam discurso de Jader



Durante o discurso do presidente do Senado, Jader Barbalho, nesta terça-feira (dia 15) sobre a gravidade do problema do déficit de energia no país, vários senadores tomaram a palavra, em aparte, para contribuir com o debate e apoiar o seu pronunciamento. O senador Ney Suassuna (PMDB-PB) lembrou que as distribuidoras descumprem uma lei que obriga o investimento de 1% de sua arrecadação em aparelhos que evitam que, no momento de pique, as residências utilizem a eletricidade em consumo máximo, diminuindo o custo em 20%.

O senador Luiz Otávio (sem partido-PA) reforçou os argumentos de Jader Barbalho, acrescentando que a duplicação da capacidade energética de Tucuruí está ameaçada devido a atraso no cronograma de construção das eclusas. Já o senador Carlos Bezerra (PMDB-MT) lamentou que o governo Fernando Henrique estivesse mais preocupado com a globalização e as privatizações do que com questões fundamentais como investimentos em energia.

Enquanto o senador Sebastião Rocha (PDT-AP) considerava que o problema atual de energia se dá pelo modelo de desenvolvimento adotado pelo governo, que privilegiou a privatização em detrimento de investimentos no setor, o senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) fazia um trocadilho, dizendo que no caso da energia "houve um racionamento de responsabilidade em vez de uma responsabilidade racional" por parte do governo. O senador Alberto Silva (PMDB-PI) concordou com Jader, afirmando que, diante dos fatos consumados, o que se deve fazer é apresentar soluções para o caso. O senador José de Alencar (PMDB-MG) lembrou a posição de estadista de Juscelino Kubitschek, que colocou em sua campanha eleitoral o binômio energia e transporte, "quando hoje há um descuido quanto a esses temas".

15/05/2001

Agência Senado


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