JANTARES PROMOVIDOS POR SUASSUNA "ESTÃO CADA VEZ MAIS CONCORRIDOS"
Os jantares promovidos pelo presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), senador Ney Suassuna (PMDB-PB), já acontecem há quatro anos, mas, como o próprio anfitrião reconhece, ficaram mais concorridos depois que o ministro Pedro Malan e o presidente Fernando Henrique Cardoso participaram dos eventos.As reuniões, apesar de informais, também seguem o seu "regimento interno". Suassuna geralmente concede a palavra ao convidado por 30 ou 40 minutos, mas não deixa que o excesso de formalidade torne os encontros enfadonhos. "O objetivo é promover um debate franco, sem rapa-pé", define o anfitrião.É assim que os jantares vêm ganhando adeptos, até na oposição, tanto que o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) vem sendo um dos parlamentares mais assíduos nas reuniões, quando aproveita a presença de membros do governo para pregar a idéia da garantia de renda mínima a todos os brasileiros. Para Suplicy, o ambiente mais informal não descarta o respeito mútuo, como nas reuniões do Senado. "O resultado é positivo", aprova o senador do PT.A reforma tributária é um dos temas em pauta nos jantares de Suassuna. "Se depender de nós, a reforma será aprovada rapidamente. E, para isso, já estamos discutindo", afirmou depois da reunião com os deputados da Comissão Especial da Câmara que estuda o assunto.Antes disso, o secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, e o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, já haviam conversado com os senadores da CAE e, para as próximas reuniões, Suassuna anuncia a presença do ministro da Casa Civil, Pedro Parente. Na semana que vem, o convidado é o ministro do Desenvolvimento, Alcides Tápias.Entre os pratos servidos, Suassuna faz questão de repetir a carne de sol com feijão verde, macaxeira e paçoca, comida típica da Paraíba. Mas, para os que têm reservas a esse cardápio, o senador, como precaução, oferece uma outra opção, que pode ser uma massa, frango ou rosbife, como ele mesmo enumera.
27/01/2000
Agência Senado
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