Jayme Campos exalta o "Marechal da Paz"
- Exemplo singular de soldado em tempos de paz: redescobrindo os caminhos do país, promoveu a integração do território através de linhas telegráficas, resgatando valores artísticos e éticos das comunidades que habitam o interior do Brasil. Exemplo de amor a pátria, pioneiro na defesa dos índios, nos estudos e defesa da fauna e da flora brasileira - descreveu o parlamentar, referindo-se às diversas capacidades do bacharel em Ciências Físicas e Naturais e integrante do 3º Regimento de Artilharia do Exército.
Jayme Campos destacou ainda que Rondon foi o primeiro patriota a se dedicar à causa indígena, tendo criado o Serviço de Proteção ao Índio, que seria, segundo assinalou, a base filosófica da atual Fundação Nacional do Índio. Esse trabalho teria sido feito a partir de da expedição Theodore Roosevelt, com duração de um ano, em que catalogara rios, desenhara mapas e que ficou conhecida como "a última grande epopéia".
O parlamentar pelo Mato Grosso relembrou também sua indicação para o Prêmio Nobel da Paz por instituição norte-americana, o que só não ocorreu porque Rondon morreu pouco antes de ser agraciado com a honraria.
Jayme Campos citou outras passagens da vida de Rondon, como sua prisão logo após a deposição do então presidente Washington Luís, em 1930. Mesmo assim, conforme o senador, Rondon reassumiu o Parque do Xingu e inaugurou o Museu do Índio, além de intermediar o conflito Bolívia-Peru pelo Porto de Letícia.
Em 1955, aos 90 anos, teve seus feitos em prol da integração do país reconhecidos, segundo Jayme Campos, ao receber do Congresso Nacional o título de Marechal da Paz e, em 1956, ter seu nome inserido para sempre na cartografia nacional, quando foi instituído o Território Federal de Rondônia, em substituição ao Território Federal de Guaporé.
Jayme Campos foi aparteado pelo colega de partido Marco Maciel (PE), que destacou o importante trabalho de Rondon pela integração, desenvolvimento e unidade do país, a exemplo do que haviam feito anteriormente José Bonifácio e o Barão de Rio Branco. A senadora pelo PSDB, Marisa Serrano (MS), ressaltou o orgulho de ter um conterrâneo indicado para o prêmio Nobel da Paz.03/05/2007
Agência Senado
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