Jayme Rincón obtém direito de permanecer em silêncio na CPI



O ex-tesoureiro da campanha do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), Jayme Rincón, deve permanecer em silêncio na reunião da CPI Mista do Cachoeira da próxima quarta-feira (22) para a qual foi convocado a depor. Ele havia entrado com pedido de habeas corpus junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir seu direito de permanecer calado na reunião. A decisão liminar do ministro Joaquim Barbosa garante seu direito de não produzir provas contra si mesmo.

Pela decisão, Rincón terá também o direito de ser assistido por seu advogado e de se comunicar com ele durante a sua inquirição, além de ser dispensado de assinar termo de compromisso legal de testemunha.

Rincón, que atualmente é presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras, já havia sido convocado pela CPI por duas vezes: em 30 de maio e em 27 de junho, mas alegou problemas de saúde para não comparecer. Contra ele, pesam acusações de ter recebido dinheiro do grupo de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Segundo as investigações da PF, o grupo de Cachoeira depositou R$ 600 mil na conta da empresa Rental Frota Ltda., que tem Rincón como um dos sócios, com 33% de participação. A Rental já confirmou o pagamento, mas diz que se refere à venda de 28 veículos usados.

Aredes Correia Pires, ex-corregedor da Polícia Civil de Goiás, outro convocado para depor no dia 22, também apresentou pedido de habeas corpus ao Supremo, e aguarda posição do relator, ministro Marco Aurélio Mello. Segundo a Polícia Federal, Aredes teria recebido um dos aparelhos de rádio Nextel distribuídos pelo grupo de Cachoeira na tentativa de evitar “grampos” telefônicos.

Na terça-feira (21), a partir das 10h15, serão ouvidos os dois procuradores responsáveis pelas investigações decorrentes das operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal, Daniel Rezende Salgado e Lea Batista de Oliveira.



20/08/2012

Agência Senado


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