JEFFERSON CONDENA "VANDALISMO E BADERNA" NA CÂMARA DOS DEPUTADOS
O senador Jefferson Péres (PSDB-AM) disse hoje (dia 6) que "nem mesmo uma decisão talvez equivocada do presidente da Comissão Especial da Reforma da Previdência da Câmara dos Deputados justificaria os atos de violência ocorridos ontem (dia 5), que tentaram impedir o funcionamento da comissão". Para ele, tem razão o governador Cristovam Buarque, que teria declarado que, no passado, as ditaduras é que fechavam o Congresso e, agora, são as esquerdas que tentam fazê-lo.
Péres leu, na íntegra, o editorial de hoje do Jornal do Brasil, intitulado "Praça de Guerra". No texto, o editorialista afirma que, na falta de argumentos e de convicção democrática, a saída de "sindicalistas exaltados, corporativistas extremados e agitadores com mandato" foi a de tumultuar, ultrajar e partir para a ofensa chula. O mesmo comportamento teria se dado nos leilões de privatização.
Ainda conforme o editorial, a finalidade da "baderna" foi impedir a leitura do relatório do deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP), "bloquear a continuidade dos trabalhos na marra e promover escaramuças assemelhadas às perpetradas pelos sem terra nas ocupações de prédios públicos".
Muitos da própria esquerda discordaram "desse estilo inaugurado historicamente pelos SA (tropas de assalto) e SS da Alemanha dos anos 20 e 30", ressalva o editorialista, citando o deputado José Genoíno (PT-SP) e o presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva.
06/02/1998
Agência Senado
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