Jefferson Péres defende recesso em julho, mas condena ajuda de custo
O líder do PDT no Senado, Jefferson Péres, defendeu a manutenção do recesso parlamentar de julho, mas condenou o pagamento de ajuda de custo por ocasião das convocações extraordinárias. A opinião expressa em Plenário, nesta quarta-feira (11), foi uma -resposta pública- a pedido de apoio a anteprojeto de proposta de emenda à Constituição (PEC), de autoria do primeiro vice-presidente da Casa, Paulo Paim, para suprimir o recesso nesse período.
Na opinião de Péres, esse anteprojeto de PEC foi motivado pelo anúncio de convocação extraordinária do Congresso, em julho próximo, para votação das reformas tributária e previdenciária. Como os parlamentares sempre recebem ajuda de custo nessas convocações, o senador pelo Amazonas observa que o fato costuma gerar protestos da imprensa e população.
- Não me parece correto o fim do recesso. As atividades parlamentares não podem ser comparadas com outras comuns. Somos agentes do Estado e temos atividades de cunho especial - afirmou. Para aqueles que atuam no Parlamento -em favor do interesse público- e que têm de se dividir entre os trabalhos nas comissões e plenário e as viagens freqüentes ao estado, Péres sustenta que a atividade é -estressante-.
Em contrapartida, o senador considera -indefensável- o pagamento de duas ajudas de custo durante a convocação, o que rende três subsídios ao parlamentar em um mês.
- Por que ajuda de custo se não temos despesa extra para vir até aqui? - questionou, afirmando que, além de -injustificado-, o benefício não estaria previsto na Constituição. Conforme ponderou, a própria Mesa do Senado poderia acabar com esse pagamento, sem necessidade de aprovação de uma PEC.
11/06/2003
Agência Senado
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