Jefferson Péres: discursos ruins de Lula mostram que "o rei está nu"



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisa urgentemente trocar de ghost writer, conforme sugestão apresentada nesta quinta-feira (29) pelo senador Jefferson Péres (PDT-AM). Só assim melhorará o nível dos seus discursos escritos, que seriam tão ruins quanto os feitos de improviso.

Emprestada do inglês, a expressão ghost writer designa o profissional encarregado de escrever discursos ou livros a serem assinados por outros. Jefferson sugeriu que Lula siga o exemplo dos presidentes Getúlio Vargas e Juscelino Kubitscheck, que tiveram como ghost writers, respectivamente, Lourival Fontes e Augusto Frederico Schmidt, considerados escritores de bom nível.

O padrão dos pronunciamentos de improviso também estaria passando uma imagem negativa do presidente e do país, embora esse problema deva ser resolvido pelo próprio Lula - no caso, diminuindo essa modalidade de intervenção. O senador observou que, ao falar de improviso, a autoridade corre maior risco de cometer equívocos.

Entre os vícios de conteúdo do presidente da República estão os lugares-comuns e as obviedades. Como exemplo, Jefferson citou o conselho presidencial de que, numa negociação, o negociador não seja submisso, conselho esse nascido da experiência dele como líder sindical. E foi lembrado ainda o "pito" passado nos empresários para que chorassem menos.

- Os textos de Lula no exterior são deploráveis. Ele fecha rosto, com ar de sapiência, para colocar o Brasil em posição constrangedora. A imprensa não o critica e os seus assessores não o alertam de que o rei está nu - lamentou o senador amazonense.



29/01/2004

Agência Senado


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