JEFFERSON PÉRES: URNA ELETRÔNICA PODE NÃO SER SEGURA
- A votação eletrônica significou um avanço gigantesco, ao eliminar fraudes grosseiras como a violação de urnas e a transferência de votos de um candidato para outro no momento da apuração, mas não devemos afastar a hipótese de que o sistema possa ser burlado com a utilização de métodos sofisticados - disse Jefferson Péres.
O senador explicou que não está assinando embaixo da denúncia feita por alguém que, acredita ele, tenha conhecimentos em informática, mas apenas tornando-a pública para que o assunto seja esclarecido. Diz a mensagem de Meireles que "numa foto é possível camuflar muita coisa. A fraude seria feita para cada candidato desejado, no momento de carregá-la na frente dos fiscais. Da forma como foi construída a urna, esta fraude é indetectável". Segundo o cidadão, o comando eletrônico fraudulento pode ser inserido inclusive no código de segurança criado para proteger o sigilo dos dados.
A mensagem de Meireles foi encaminhada por Jefferson ao ministro Néri da Silveira, presidente do TSE. Silveira já solicitou à Secretaria de Informática do tribunal informações sobre os procedimentos de segurança do programa de computador que será usado nas eleições municipais de 3 de outubro. O ministro quer elementos que o auxiliem no parecer à petição encaminhada pelo PDT com o objetivo de impugnar aqueles programas. O partido argumenta que o TSE não deu acesso a todas as informações sobre o sistema. Jefferson pediu ainda que o Senado faça um estudo sobre o assunto.
15/08/2000
Agência Senado
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