Jefferson Praia pede ajuda para municípios alagados no Amazonas
De acordo com o senador, os cinco primeiros municípios já tiveram decretado o estado de emergência. Entre as razões, estão as epidemias, que vêm com a enchente e costumam se alastrar com a vazante. Em Tabatinga, a situação é particularmente grave em comunidades indígenas como as de Terezinha III e IV, onde é forte o medo da perda total na agricultura de subsistência, o que levou à colheita antecipada da mandioca, tornando a planta imprópria para a produção de farinha.
- As crianças estão sem aulas, pois a escola local foi alagada. E os moradores se acham à mercê dos ataques de cobras, jacarés e onças expulsas dos seus territórios também inundados - advertiu Jefferson Praia.
Em Emaú, outra comunidade indígena, as chuvas inutilizaram a casa de farinha, e a cheia está afastando os peixes, o que poderá agravar o risco da fome. Na comunidade de Belém do Solimões, barrancos desmoronaram arrastando muitas casas, e a igreja de São Francisco de Assis corre risco de desabamento. Em Eirunepé, no alto do Rio Negro, mais desmoronamentos atingem grandes áreas, com perigo para os moradores.
- Peço ao Ministro da Intregração Nacional, Geddel Vieira Lima, que, por intermédio da Sindec, e em colaboração com a Defesa Civil do Estado do Amazonas, faça tudo o que estiver ao seu alcance para auxiliar as prefeituras e as famílias atingidas pelas inundações que castigam o interior amazonense - apelou o parlamentar do PDT. Ele mencionou as previsões metereológicas que apontam para a elevação das águas do Solimões a um nível superior ao das cheias de 1953, as piores do século passado.
Regularização fundiária
O senador também referiu-se em seu discurso a encontro desta sexta-feira (3), no estado, para tratar da Medida Provisória nº 458/2009, que trata da questão fundiária da Amazônia Legal. Ele informou que será realizada uma audiência pública, organizada pela Comissão de Meio Ambiente do Senado em parceria com a Assembléia Legislativa do Amazonas.
- Vamos discutir todos os aspectos relacionados a esta medida provisória, que, na minha avaliação, vem em boa hora, mas que precisa ser discutida, para que possamos avançar no sentido de resolver um dos grandes problemas do nosso País, que é a questão fundiária na Amazônia Legal - disse o parlamentar.
02/04/2009
Agência Senado
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