Jefferson reage a acusação de ser inimigo da reforma agrária e defensor do latifúndio
-No meu discurso de ontem (quarta-feira, 9), sofri uma agressão de forma oblíqua, na medida em que fui contestado de forma insultuosa ao ser rotulado de inimigo da reforma agrária e defensor do latifúndio, depois de ter criticado os métodos do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra)-, declarou o senador Jefferson Péres (PDT-AM), da tribuna do Plenário, na tarde desta quinta-feira (10).
O senador pelo Amazonas disse ainda que a tentativa de desqualificar o oponente, sem contestar seus argumentos, é a forma mais primária e intelectualmente menos honesta de se travar uma discussão. Ele lembrou ter que agido dessa forma na sua juventude, quando tratava as pessoas que se opunham às suas idéias de -serviçais da burguesia e lacaios do imperialismo ianque-.Jefferson Péres reafirmou que foi duro com o MST por não concordar com as invasões de terra, mesmo as improdutivas. Mas lembrou que não desqualificou os que pensam de forma diferente. O senador pelo Amazonas registrou que gosta do debate educado, civilizado e inteligente da troca de idéias, mas não está acostumado com as discussões selvagens, baseadas na troca de insultos e na desqualificação do adversário.
- Para os que gostam desse tipo de discussão, do debate de nível menor, resta a eles uma esperança. Quem sabe um dia o MST assalta o Palácio de Inverno, no caso, o Palácio do Planalto, e implanta uma ditadura do proletariado? Aí não terão mais que discutir comigo, já que para mim restará uma das três opções: a prisão, o exílio ou o paredão. Até lá, vou ficar falando o que penso, enquanto posso - afirmou Jefferson Péres.
10/07/2003
Agência Senado
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