José Agripino reage contra a acusação do governo de que o PFL é aético
O líder do PFL, senador José Agripino (RN), manifestou nesta segunda-feira (18) a sua indignação em relação a declarações do ministros da Fazenda, Antonio Palocci, e do ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu, que teriam acusado o seu partido de aético. A crítica dos ministros deveu-se à reunião que o PFL organizou com cerca de 500 prefeitos para debater a reforma tributária e mudanças na distribuição da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), em que o partido teria acusado o governo pela crise que vivem os municípios.
Agripino afirmou que em nenhum momento o PFL responsabilizou o governo pela crise e que reuniu os prefeitos para debater um assunto de interesse institucional dos municípios. Ele também rebateu declaração dos ministros de que o PFL não teria o direito de promover esta discussão porque teria votado a favor da CPMF. O senador lembrou, ainda que a CPMF sempre foi uma questão controversa no partido, que dividiu as bancadas no Senado e na Câmara.
O senador perguntou se é ético o governo ter ganho as eleições prometendo dobrar o salário mínimo, dar -gordos reajustes- aos servidores e criar dez milhões de empregos, quando na verdade o salário mínimo teve crescimento real de 1,85%, os servidores tiveram reajuste de 1% e foram criados 600 mil empregos. Ele apontou, ainda, a queda na atividade industrial, contra a promessa de crescimento econômico.
- Nem por isso o PFL tem dito que o governo é pouco ético - ressaltou, acrescentando que -ninguém vai calar o PFL-, que está interpretando o sentimento a sociedade.
Agripino defendeu a discussão do pacto federativo, por ocasião da reforma tributária, ressaltando que os municípios passam por grande dificuldades e -não têm para onde correr-. A solução para crise, afirmou, está nas mãos do governo e é a queda da taxa de juros.
18/08/2003
Agência Senado
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