João Alberto critica jornal e desmente parentesco com envolvido em fraudes em Santo André-SP



O senador João Alberto (PMDB-MA) reagiu com indignação à notícia publicada nesta quarta-feira (26), pelo jornal Correio Braziliense, que o envolve com irregularidades investigadas na prefeitura de Santo André, em São Paulo. O senador desmentiu a matéria, esclarecendo não ter qualquer parentesco com um dos envolvidos nas denúncias, Klinger Luiz de Oliveira Souza, que é secretário de Serviços Municipais de Santo André. João Alberto afirmou que, ao contrário do que foi publicado, o secretário não é seu sobrinho, apesar do sobrenome semelhante.

O senador esclareceu ainda que seu irmão, Antônio Klinger de Souza, também citado pelo jornal, é um professor universitário de reputação ilibada, "querido e respeitado". João Alberto questionou a intenção do jornal ao envolver ainda os nomes do senador José Sarney (PMDB-AP) e da ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney, em supostas irregularidades.

- Só com muita má-fé um jornal poderia relacionar o meu nome a essas denúncias, principalmente agora que sou relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Querer envolver a mim e ao senador José Sarney nesse episódio de Santo André, chega!. Já é demais - afirmou João Alberto, que solicitou ao Senado para que tome providências contra a veiculação na imprensa de inverdades sobre senadores, o que, na sua opinião, macula a imagem da Casa.

Em nome da liderança do PMDB, o senador Francisco Escórcio (MA) também pediu que Presidência do Senado se posicione frente à denúncia publicada pelo jornal.

- É preciso que sejam tomadas providências enérgicas, pois o assunto atinge membros do PMDB e a imagem desta Casa - afirmou, adiantando a intenção de entrar com uma representação junto ao Ministério Público para que seja apurada a veracidade do caso.

João Alberto também avalia que o "denuncismo está na moda" na imprensa brasileira. Para o senador, a publicação de seu nome e o de Sarney como se estivessem envolvidos em suposto escândalo em Santo André coincide com o anúncio, por Sarney, da possibilidade de apoiar o candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva. Ele acredita que, depois de a imprensa ter dado grande destaque à "armação" que culminou com a retirada da candidatura de Roseana Sarney ao Planalto, o alvo das denúncias é o presidenciável do PT.

- Em 1967 havia uma ditadura. O terror era a norma. Mas agora estamos sob a égide de um regime democrático. Temos visto jornais e televisões dar espaço a esse tipo de armação, principalmente em época de eleições - analisou o senador, observando que o fato de Lula estar em primeiro lugar nas pesquisas de opinião é usado como explicação para todos os problemas do país, como a desvalorização do Real e a queda da bolsa de valores.



26/06/2002

Agência Senado


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