João Costa compara Dilma à princesa Isabel na questão dos 'royalties'



O senador João Costa (PPL-TO), em pronunciamento nesta terça-feira (4), cumprimentou a presidente Dilma Rousseff  por sua "mentalidade de estadista" pela decisão de aplicar na educação os royalties dos contratos futuros de exploração do petróleo. O parlamentar, que salientou a importância da educação para o progresso do país, classificou a medida como uma "nova Lei Áurea".

- A presidente escreve seu nome na história do Brasil ao lado de grandes personalidades como a princesa Isabel - declarou, esperando que o Brasil invista no mínimo 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação.

Para João Costa, a educação precária representa "verdadeira escravidão" para o povo brasileiro, que demanda um salto qualitativo em conhecimento. Ele citou o exemplo da Coreia do Sul, cujo padrão nos anos 1960 se igualava ao da África subsaariana, mas chegou ao primeiro mundo ao investir parte expressiva de sua renda em educação.

O senador cobrou fiscalização na aplicação dos royalties, lembrando que o investimento em educação trará frutos por "100, 200 anos", e temeu que governantes deem destinação diversa aos recursos.

- Podemos até questionar a distribuição dos royalties entre os estados produtores e os não-produtores. Entretanto, em nenhuma hipótese podemos deixar de vincular o valor respectivo à educação - disse.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), em aparte, chamou a atenção para a necessidade de usar de forma equitativa os resultados de recursos naturais não renováveis. Ele mencionou o exemplo do Alasca, que investe os royalties do petróleo e tornou-se o estado menos desigual dos Estados Unidos.



04/12/2012

Agência Senado


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