João Durval celebra aniversário da Independência da Bahia



O senador João Durval (PDT-BA) comemorou, em discurso nesta segunda-feira (2), os 189 anos de Independência da Bahia. O senador afirmou que a data é mais importante do que parece, pois nesse dia concretizou-se a Independência do Brasil.

- Enquanto o Brasil inteiro comemorava a libertação, na Bahia a renda gerada pela produção da cana de açúcar mantinha a cobiça do reino de Portugal sobre nossas riquezas e a ordem era resistir – afirmou.

A Bahia, lembrou o parlamentar, foi o estado em que os portugueses mais apresentaram resistência para deixar o Brasil, mesmo com o anúncio de liberdade feito pelo príncipe Dom Pedro I em 1822, quase um ano antes da consagração da independência do estado. E essa resistência, disse o senador, foi uma guerra dura e violenta que envolveu soldados, mas acima de tudo, o povo.

Além do general Pedro Labatut, contatado pelo próprio Dom Pedro I, para defender o território brasileiro, o povo da Bahia pegou em armas. O senador João Durval destacou especialmente o trabalho das mulheres baianas, que mostraram sua força e se transformaram em heroínas.

João Durval citou a mártir na luta pela independência, sóror Joana Angélica, assassinada a golpes de baioneta quando tentava impedir, com o próprio corpo, a entrada dos portugueses no Convento da Lapa. Ou Maria Quitéria, que se disfarçou de homem e conseguiu se incorporar ao batalhão de Voluntários do Príncipe. A história destaca a valentia do soldado Medeiros, como era chamada. E ainda Maria Felipa de Oliveira, que liderou a resistência popular à invasão da Ilha de Itaparica. Ela chefiou 40 mulheres que destruíram 42 embarcações portuguesas.

A Batalha de Pirajá, ocorrida em novembro de 1822, foi decisiva para os baianos, disse ainda o senador João Durval. Ele contou uma curiosidade sobre a batalha: com 1,5 mil baianos para enfrentar os 3 mil soldados portugueses, o major Barros Falcão decidiu partir em retirada e ordenou ao corneteiro que o fizesse. Mas o corneteiro fez o oposto, deu toque de avançar e de degolar, e os inimigos, acreditando na chegada de reforços, bateram em retirada e acabaram retornando para Portugal.

A data é celebrada no estado com cortejos cívicos, desfiles, queimas de fogos, hasteamentos de bandeiras e execução dos Hinos Nacional e Ao 2 de Julho. Também se acende a pira do fogo simbólico e há apresentações de orquestras e exposições culturais.

- Na memória do povo da Bahia essa data não se apaga; ao contrário, fazemos questão de lembrá-la. Pelo marco histórico que representa para os baianos e para a cidadania de todo o Brasil – declarou.



02/07/2012

Agência Senado


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