João Pedro reafirma que conduzirá a CPI da Petrobras com isenção



Em discurso nesta sexta-feira (17), durante a última sessão plenária antes do recesso parlamentar, o senador João Pedro (PT-AM) reafirmou que irá conduzir os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras com isenção.

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- A minha vontade é de propiciar um debate esclarecedor, que ajude a Petrobras a esclarecer dúvidas e interrogações do povo brasileiro - salientou o parlamentar.

João Pedro destacou que a responsabilidade dos senadores em oferecer respostas à opinião pública se torna ainda maior quando se observa que a Petrobras possui 54 mil funcionários, tem ações na bolsa de valores brasileira e na de Nova Iorque, sendo ainda responsável por explorar a produção de petróleo da camada pré-sal na costa brasileira.

Em seu pronunciamento, João Pedro também registrou os resultados positivos da atividade parlamentar no semestre, mas observou que o número de matérias votadas em Plenário poderia ter sido ainda maior.

- Imagino que, se não estivéssemos vivendo esta crise, poderíamos ter avançado ainda mais, atingindo uma produção legislativa em consonância com os interesses nacionais - avaliou.

Guerrilha do Araguaia

O parlamentar petista salientou ainda a importância das ações adotadas pelo governo para localização de restos mortais dos militantes do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) que atuaram na Guerrilha do Araguaia, desaparecidos no período da ditadura militar, na região da fronteira entre os estados do Tocantins e Pará.

- O Estado brasileiro não pode, de maneira alguma, esconder esse momento dramático, duríssimo, da nossa história do regime militar - considerou.

João Pedro, que foi militante do PCdoB em Manaus, fez um histórico das dificuldades enfrentadas à época pelos trabalhadores que se deslocaram do Sul e do Centro-Oeste, para trabalhar na Região Norte, por ocasião da construção da rodovia Transamazônica.

O senador reforçou o direito das famílias dos militantes políticos de terem os restos mortais de seus entes de volta, bem como da sociedade brasileira de conhecer a verdade sobre esse período da história do Brasil.

- Não é um número pequeno. São 70 homens e mulheres que desapareceram - insistiu. 

Da Redação / Agência Senado



17/07/2009

Agência Senado


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