Para João Pedro, CPI é contra a Petrobras
A comissão parlamentar de inquérito (CPI) que deverá investigar irregularidades na Petrobras é contra a estatal, conforme opinião externada na manhã desta sexta-feira (15) pelo senador João Pedro (PT-AM), em pronunciamento da Tribuna do Plenário. O parlamentar pelo Amazonas afirmou ser a favor da transparência na estatal, mas explicou que a criação de uma CPI para apurar denúncias de irregularidades numa empresa do porte da Petrobras, e com a responsabilidade nacional e internacional que a instituição tem de levar o nome do Brasil a todo o mundo, vai trazer prejuízos aos brasileiros.
- Para mim, essa CPI, na pré-eleição, é contra a Petrobras, pois não ajuda a empresa a fazer o enfrentamento da crise internacional, como também não ajuda nos desafios que a Petrobrás deve enfrentar para concluir obras históricas e para fazer a prospecção do pré-sal na costa brasileira - afirmou.
Em seu pronunciamento, João Pedro disse que a Petrobras não é contra a transparência de suas ações e defendeu ainda a punição de qualquer diretor da empresa que faça má utilização de recursos da instituição. No entanto, pediu ao Congresso Nacional "maturidade" na condução desse debate.
- Por bem ou por mal, a Petrobras está, todos os dias, em sintonia com a subida e a queda da bolsa de valores. Para o bem ou para o mal, o que a Petrobras fizer terá ressonância mundial - alertou João Pedro.
Assinaturas
O senador pelo PT disse ainda, em entrevista à imprensa, que a base governista vai tentar retirar assinaturas do requerimento que pede a instalação da CPI. No entanto, defendeu o debate com o presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli, e com diretores da instituição, para resolver eventuais problemas sem "esconder absolutamente nada".
Em Plenário, João Pedro afirmou que é legítimo assinar um requerimento para a criação de uma CPI, mas também é legítimo retirar a assinatura.
Já o senador Sérgio Gerra (PSDB-PE), que é favorável à instalação da CPI, disse em aparte que não é legítimo assinar um requerimento para a instalação de uma comissão parlamentar de inquérito e depois retirar a assinatura.
- Não é legítimo colocar uma assinatura e depois retirá-la. É questão de honra e palavra, e a assinatura é a expressão da palavra - disse Sérgio Guerra.
15/05/2009
Agência Senado
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