João Pedro reitera confiança do PT em Antonio Palocci




O senador João Pedro (PT-AM) reiterou em Plenário, nesta terça-feira (24), sua confiança ao ministro-chefe da Casa Civil Antônio Palocci. O parlamentar afirmou estar aguardando as explicações do ministro ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel e criticou o comportamento da oposição. Em apartes a seu discurso, os senadores Gleisi Hoffmann (PT-SC), Wellington Dias (PT-PI) e Benedito de Lira (PP-AL) também reiteraram a confiança em Palocci, enquanto o líder do PSDB, senador Alvaro Dias, voltou a pedir investigações. O senador Pedro Taques (PDT-MT), disse esperar as explicações do ministro ao procurador-geral.

João Pedro criticou a discussão, pela manhã, de requerimento da senadora Marinor Brito (PSOL-PA), que pedia a convocação de Palocci à Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA). O parlamentar lembrou que a oposição por fim optou pela retirada do requerimento que convocava o ministro com intuito de ouvir suas explicações.

- A oposição apresenta um requerimento, percebe que não tem voto e retira o requerimento. Precisamos refletir sobre isso. Na próxima reunião se apresenta o requerimento, não tem voto para aprovar o requerimento e retira novamente o requerimento - criticou o parlamentar.

O pedido de Marinor Brito tratava das matérias publicadas pelo jornal Folha de S. Paulo sobre a multiplicação do patrimônio do ministro por 20, à época deputado federal, entre 2006 e 2010, por meio da empresa de consultoria Projeto.

João Pedro sinalizou ter ido à tribuna tratar do assunto devido "a falas da oposição" e disse que o Senado estava tranquilo para tratar do assunto, porém não sob a "lógica ou estratégia" utilizada pela oposição, mencionando o senador Alvaro Dias, líder do PSDB.

- É bom destacar neste debate que esta questão diz respeito ao ministro Palocci então deputado federal, antes de assumir o ministério, antes de a presidenta Dilma [Rousseff] assumir a presidência da República. E o governo vai bem, e a presidenta Dilma vai bem - disse João Pedro.

Apartes

Alvaro Dias interveio em seguida, e disse que como políticos os opocionistas estavam apenas exercendo a atividade política e que não se tratava de partidarização, mas apenas "refletir aspirações" da sociedade em ver esclarecidas denúncias "da maior gravidade". Alvaro Dias também observou que, de acordo com a imprensa, R$ 10 milhões foram arrecadados pela consultoria de Palocci no período entre a eleição e a posse de Dilma Rousseff.

- Há fatos que precisam ser esclarecidos. Há uma denúncia e a ética indica que afasta até o esclarecimento definitivo e depois retorna [ao cargo], se os esclarecimentos forem satisfatórios. Não queremos a contaminação do governo. Certamente há desconforto - disse Alvaro Dias.

Já a senadora Gleisi Hoffmann considerou as acusações a Palocci como de "caráter político", em "grande monta". Para ela, pela lógica das acusações, todos os ministros, senadores e deputados deveriam então ser investigados sobre a posse de imóveis e o faturamento de empresas privadas.

O senador Wellington Dias pediu que não haja prejulgamentos, disse não haver fato ilegal e que estão sendo feitas ilações sobre uma importante liderança. E Benedito de Lira reafirmou confiança de seu partido em Palocci e disse que o Senado tem questões importantes para serem deliberadas.

Já o senador Pedro Taques (PDT-MT) apontou a existência de fatos graves que exigem resposta do ministro Palocci:

-Não podemos prejulgar quem quer que seja. Eu, pelo menos, não estou a fazer isso. Agora, precisamos pôr um ponto nisso. Falta explicação do ministro Palocci. Eu faço parte do PDT, que está na base do governo, e gostaria que o ministro se explicasse. Estou aguardando as informações que ele prestou ou prestará ao procurador-geral da República - insistiu.



24/05/2011

Agência Senado


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