João Pedro: renúncia de Fidel não significa ruptura imediata em Cuba



O senador João Pedro (PT-AM) afirmou da tribuna que a renúncia de Fidel Castro ao comando de Cuba não significa que haverá "uma ruptura imediata" na vida da população, "pelo menos da forma e da intensidade que almejam os arquiinimigos do ex-comandante". Para ele, se mudanças vierem a ocorrer em Cuba, "elas partirão da vontade de sua população, e não de uma pressão guiada por interesses externos".

João Pedro ponderou que as melhorias sociais obtidas pelos cubanos são "comparáveis às obtidas em países capitalistas" e lamentou que sempre haja uma tentativa de se superestimar os erros da revolução cubana.

- O socialismo se mantém relevante como uma das grandes utopias contra a injustiça social e contra a exploração do homem pelo homem. Sem as idéias socialistas, o mundo capitalista certamente seria muito pior, principalmente nos países pobres - sustentou.

O senador espera que o governo brasileiro continue a colaborar com o governo cubano e sua população. Os cubanos, disse, necessitam das altas tecnologias brasileiras, principalmente nas áreas de perfuração petrolífera e de biocombustíveis. Já os brasileiros "têm muito a aprender sobre os programas de inclusão social nas áreas da educação, da saúde e dos esportes", opinou.

- Fidel continuará ativo na vida política cubana, desempenhando a função de ideólogo máximo da revolução cubana. O guerrilheiro da Sierra Maestra se dedicará, a partir de agora, ao arsenal das idéias. O futuro de Cuba aos cubanos pertence - concluiu João Pedro.



21/02/2008

Agência Senado


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