Pedro Simon manifesta confiança na decisão do STF pela validade imediata da Lei da Ficha Limpa




Primeiro a discursar na sessão desta quarta-feira (27), o senador Pedro Simon (PMDB-RS) voltou a manifestar a sua expectativa no sentido de que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidam pela validade imediata da Lei da Ficha Limpa. Para o senador, tal decisão daria ao povo brasileiro a "esperança do fim da impunidade".

- Creio que o Supremo tomará uma grande decisão, e o Brasil, a partir de hoje, não será o mesmo. Os membros do Supremo haverão de atender àquilo que hoje é um reclamo da nação - afirmou o senador.

Enquanto Simon discursava, os ministros do STF já estavam reunidos no plenário daquela Corte para o julgamento do recurso extraordinário ajuizado pelo candidato ao Senado pelo Pará, Jader Barbalho. Ele recorre da decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de seu estado, que indeferiu seu pedido de registro de candidatura com base na Lei Complementar 135/10.

Simon disse que, mesmo a votação no STF terminando novamente em empate, os ministros podem definir que a decisão anterior do TRE paraense seja mantida.

Eleição presidencial

Simon também comentou a corrida presidencial deste ano, dizendo que as campanhas eleitorais de Dilma Rousseff e José Serra, e os debates em canais televisivos, ficaram muito aquém do que a população brasileira esperava. O senador lamentou que as campanhas tenham apelado para trocas mútuas de acusações, deixando de lado a discussão de questões importantes para o país, como infraestrutura, educação, ética e programas sociais.

O senador elogiou as trajetórias políticas tanto de Dilma quanto de Serra, disse que ambos são "grandes candidatos", mas não quis declarar em quem votará no domingo (31). Simon disse não querer influenciar o voto de ninguém, mas avisou que, qualquer que seja o novo presidente do Brasil, ele continuará mantendo sua posição como senador independente.

- Eu fico a me perguntar: com quem um governará e com quem o outro governará? Por isso eu não tenho a coragem de falar e orientar os meus irmãos em quem devem votar. Eu acho que eles devem meditar. Vou votar já dizendo que no ano que vem, aqui, serei um senador independente, ganhe um ou ganhe outro - afirmou.

Seja Dilma ou Serra a ocupar a Presidência, Simon disse esperar que o país comece 2011 discutindo temas importantes como a reforma política, a reforma eleitoral, a reforma tributária, "assuntos que nem Fernando Henrique Cardoso nem Luiz Inácio Lula da Silva tiveram coragem de enfrentar durante seus mandatos".

- Este Congresso foi muito servil ao Fernando Henrique e foi muito mais servil ao Lula. Que tenhamos condições de ter independência, mas, para termos independência, temos que ter dignidade; e, para termos dignidade, o Supremo tem que aprovar a Lei da Ficha Limpa, porque, a partir desse projeto, faremos as reformas. Deem-nos a chance de começar a mudar, deem-nos a chance ao direto de ter esperança de que vamos iniciar o fim da impunidade. Eu vou à missa agora, rezar pela alma do querido Romeu Tuma e pedir a Deus que oriente os membros do Supremo Tribunal Federal - concluiu Simon.

Em apartes, os senadores Alvaro Dias (PSDB-PR), Roberto Cavalcanti (PRB-PB) e Eduardo Suplicy (PT-SP) elogiaram e comentaram o pronunciamento do colega.



27/10/2010

Agência Senado


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