JOÃO ROCHA CRITICA DESIGUALDADES REGIONAIS
O senador João Rocha (PFL-TO) afirmou hoje (11) que a progressiva redução das desigualdades regionais "constitui uma tarefa de cada geração para que possamos ter um país justo e igualitário". Na opinião do senador, "é urgente deixar de fomentar, por via das próprias políticas públicas, os desníveis de renda e bem-estar entre as regiões e entre os cidadãos".
- Quando às desigualdades históricas entre os estados brasileiros adicionamos um tratamento desequilibrado, que favorece os mais ricos, estamos correndo na contramão da nossa História, que aponta para a integração e a uniformização das culturas e economias distintas que caracterizam nossa colonização. Corremos, também, na contramão da justiça social e da política -afirmou.
Com base em dados do Banco Central, João Rocha disse que todos os brasileiros assumiram "o mico das dívidas dos estados mais ricos" da Federação. Segundo o senador, os dados do BC apontam para o favorecimento, pelo governo federal, dos estados mais ricos e mais endividados, em detrimento das regiões mais atrasadas e mais necessitadas de ajuda, que, apesar das dificuldades, vêm fazendo um gestão mais responsável do dinheiro público, arrecadando mais e se endividando menos.
Em apartes, o senador Ramez Tebet (PMDB-MS) disse que o discurso de João Rocha era um apelo às autoridades para a situação dedesequilíbrio dos estados da federação. A senadora Marluce Pinto (PMDB-RR) também apoiou o discurso e o senador Edison Lobão (PFL-MA) disse que o desnível regional é uma questão que vem de longe e o governo nada tem feito para reverter essa situação: "ao contrário, extrai recursos dos estados mais carentes como ocorreu com o Fundo de Estabilização Fiscal".
11/07/1997
Agência Senado
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