JOÃO ROCHA DEIXA SENADO DESTACANDO LUTA CONTRA DESIGUALDADES



Ao despedir-se nesta sexta-feira (29) do Senado, o senador João Rocha (PFL-TO) fez um balanço de sua atividade parlamentar, marcada principalmente pelo combate às desigualdades regionais e sociais, "por ver nesse problema um dos principais entraves ao pleno desenvolvimento do país e à redução da pobreza e da miséria".O senador relembrou que, atuando na iniciativa privada, associou-se à causa separatista pela criação do estado de Tocantins e, eleito em 1990 pelo PFL, em 1993 assumiu a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Para João Rocha, foi o apoio dos líderes do PFL e de partidos aliados que lhe permitiu assumir, no primeiro mandato de representação de um estado novo, o cargo de presidente de uma comissão tão importante como a CAE.Na comissão, Rocha salientou a implantação de uma série de instrumentos de controle e produção de relatórios de acompanhamento das dívidas da União, estados e municípios, o que tornou mais transparente a própria ação fiscalizadora do Banco Central. Na sua avaliação, a CAE transformou-se em fórum permanente de discussão das grandes questões nacionais, onde parlamentares e autoridades convidadas debateram o fortalecimento das micro e pequenas empresas, a Lei de Patentes, a Lei Geral das Telecomunicações e o Programa Nacional de Desestatização.Posteriormente à CAE, João Rocha exerceu a presidência da Comissão de Fiscalização e Controle (no período 1997-1998), recém-criada e ainda em fase de estruturação. "Em conjunto com o Tribunal de Contas da União, foram fiscalizados dezenas de órgãos da administração federal, além de se ter acompanhado os desembolsos e os repasses de recursos federais para estados e municípios". Confessando-se ardoroso defensor do programa Brasil em Ação, João Rocha afirmou que este foi fundamental para seu estado, por contemplar projetos orientados para a integração do Tocantins às outras regiões do país. Entre estes projetos, o senador citou a hidrovia Tocantins-Araguaia e a retomada da construção da Ferrovia Norte-Sul.João Rocha também referiu-se a outros aspectos que caracterizaram seu mandato, como o aplauso "ao esforço do governo federal de elidir virtuais privilégios concedidos a determinados setores econômicos, como o sistema financeiro nacional, e a diversos estados brasileiros", privilégios que contribuíram para a concentração de renda e agravaram os desequilíbrios regionais. A necessidade de uma reforma tributária que reduzisse os encargos sobre o sistema produtivo e a preocupação com o endividamento e a política de juros do país foram outros vetores da sua atuação político-partidária, disse o senador.Em aparte, o senador Lúdio Coelho (PSDB-MS) disse que, pelo desempenho demonstrado, João Rocha deve continuar na vida pública. Jefferson Péres (PDT-AM) e Nabor Júnior (PMDB-AC) lamentaram que as contingências da política tocantinense tenham impedido a reeleição do senador e elogiaram seu desempenho. Marluce Pinto (PMDB-RR), por sua vez, referiu-se à afinidade com João Rocha na luta pela consolidação de seus respectivos estados. Na presidência da Mesa, o senador Ronaldo Cunha Lima (PMDB-PB) associou-se às homenagens prestadas a João Rocha pelo plenário.

29/01/1999

Agência Senado


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