JOÃO ROCHA DEFENDE TRANSPORTE HIDROVIÁRIO E FERROVIÁRIO
O senador João Rocha (PFL-TO) disse hoje (27) que o Brasil deve ter como uma das prioridades o redirecionamento de toda a sua política de transportes, lembrando que o país dispõe de condições especiais para a implantação de uma rede de navegação interior a custos compensadores.
- Para que possamos virar a página da nossa história econômica e colocar o Brasil no rumo certo da conquista do seu destino, que é o de vir a ser uma importante potência mundial no século XXI, precisamos urgentemente inverter o papel da matriz transportes que levou o desenvolvimento nacional pelas estradas a custos altíssimos e com prejuízos absurdos - disse o senador.
João Rocha afirmou que "poderosos interesses nacionais e internacionais preferem continuar vendo milhares de caminhões circulando pelas precárias e esburacadas estradas brasileiras ou quebrados nos acostamentos a ver trens desafiando de maneira eficiente e rápida as grandes distâncias nacionais, ou a ver barcos deslizando nas águas calmas dos nossos rios".
Citando as cinco bacias que formam a rede hidroviária brasileira -Amazônica, do Nordeste, do Prata, do São Francisco e a do Sudeste -, o senador observou que o Brasil é um país privilegiado, mas precisa, com urgência, viabilizar esses caminhos, como fizeram europeus e americanos. "Não tenho dúvida de que a força econômica do Brasil no século XXI depende da construção de uma infra-estrutura vital no interior."
João Rocha pediu que fosse registrada nos anais da Casa matéria publicada domingo, 12 de abril, pelo jornal O Estado de S. Paulo sobre a Hidrovia Tietê-Paraná e um artigo da revista do Conselho Nacional de Transportes sobre as ferrovias no País.
Em aparte, o senador Ramez Tebet (PMDB-MS) apoiou o discurso deJoão Rocha, assinalando que o Brasil talvez seja o único país do mundo que não valoriza a importância do transporte ferroviário e hidroviário. Tebet acrescentou que 80% do transporte brasileiro é feito por rodovia.
27/04/1998
Agência Senado
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