João Vicente Goulart diz que reformas pretendidas por seu pai continuam necessárias
O golpe militar de 1964 não foi contra João Goulart, mas contra as reformas que Jango queria implantar no Brasil. A frase é do filho do ex-presidente da República, João Vicente Goulart, que em nome da família, recebeu das mãos do presidente do Senado, na Presidência da Mesa do Congresso Nacional, Renan Calheiros, o documento de devolução simbólica do mandato de João Goulart.
- Essas reformas, sem dúvida, desenvolveriam o país em benefício das camadas menos favorecidas - disse João Vicente, acrescentando que o desenvolvimento econômico pretendido por seu pai era "mais justo, mais soberano e mais brasileiro".
João Vicente Goulart lembrou ainda que em 1964 era preciso reformar o Estado para avançar no desenvolvimento do país. Em sua avaliação, algumas mudanças continuam a ser necessárias. Ele defendeu uma reforma agrária solidária, com apoio à agricultura familiar e propôs uma reforma tributária mais justa e mais solidária, a educação em tempo integral e uma reforma política profunda.
O filho de João Goulart declarou também que a sessão do Congresso Nacional desta quarta-feira (18) reparou a “triste mancha” e o equívoco praticado pelo Parlamento brasileiro, em 1964, que legalizou a ditadura e concordou com “a ruptura institucional da pátria e a instalação do Estado de exceção”.
- Jango, hoje, parte como homem. Fica o Jango das reformas. Fica o Brasil unido na concórdia e na reflexão da história. Jango, a democracia venceu! - disse ele.
18/12/2013
Agência Senado
Artigos Relacionados
Paim recebe Maria Thereza e João Vicente Goulart
Sessão lembra João Goulart e os 50 anos do Comício das Reformas
Renan: PMDB apoiará as reformas "necessárias"
Mercadante: reformas são necessárias para consolidar mudanças
Quintanilha espera que Lula faça as reformas necessárias
Maria do Carmo: as reformas são necessárias, mas estados devem ser respeitados