JOEL DE HOLLANDA DEFENDE INTEGRAÇÃO HIDROFERROVIÁRIA PARA O NORDESTE



A construção da ferrovia Transnordestina foi defendida pelo senador Joel de Hollanda (PFL-PE). Para ele, "a combinação ferrovia-hidrovia é, hoje, a mais importante opção para o pleno desenvolvimento, para a integração nacional e para a diminuição do chamado custo Brasil".

- O futuro do Brasil no século XXI está na dinamização dos transportes hidroviários e ferroviários - afirmou o senador.

A Transnordestina, segundo ele, terá duas etapas. A primeira integra o trecho Petrolina-Salgueiro-Missão Velha. Entre Petrolina e Salgueiro são 231 quilômetros a um custo de implantação total de R$ 129milhões. O trecho entre Salgueiro e Missão Velha, no Ceará, tem 113 quilômetros e está orçado em R$ 64,5 milhões - ambos os cálculos referem-se a dados de 1991.

Joel de Hollanda elogiou os esforços do vice-presidente da República, Marco Maciel, e do então superintendente da Sudene, general Newton Moreira Rodrigues, para a realização da obra. Segundo o senador, as autoridades partem agora para a viabilização rápida de R$ 380 milhões que serão destinados à construção dos trechos citados e à recuperação do trecho entre Recife e Salgueiro, com 595 quilômetros.

O protocolo de intenções para a construção da Transnordestina foi assinado em 13 de fevereiro último entre o Ministério dos Transportes, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e a Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN). O senador assinalou que "as partes responsáveis consideram que a presença da iniciativa privada é fundamental tanto para promover o desenvolvimento regional quando para diminuir o custo Brasil".

Para Joel de Hollanda, a ferrovia Transnordestina deve ser prioridade nacional em matéria de política de transportes.

- A economia regional será imediatamente beneficiada porque aumentará em muito o fluxo das riquezas com transporte a custo baixo e será fortalecida igualmente a integração com uma grande área econômica - afirmou.

O senador lamentou a opção brasileira pelo transporte rodoviário a partir da década de 50. Lembrando que as ferrovias e hidrovias transformaram os Estados Unidos no maior e mais dinâmico mercado interno do mundo, salientou que no Brasil, ao contrário, "as rodovias promoveram a integração nacional a um preço absurdo em termos políticos e econômicos". Segundo o senador, gasta-se anualmente "um verdadeiro absurdo" na manutenção das estradas de rodagem, dinheiro que poderia ser destinado à construção de escolas e à melhoria da merenda escolar.

Em aparte, o senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE) destacou a integração que será proporcionada pela Transnordestina. Já o senador Bello Parga (PFL-MA) lembrou que a integração proporcionada pela ferrovia Norte-Sul possibilita que a soja, produzida no estado do Mato Grosso, saia pelo Maranhão a um custo 50% menor que se fosse escoada pela região Centro-Sul.



10/06/1998

Agência Senado


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